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Estupros, orgias: Os políticos que mancharam a reputação após escândalos

De líderes de nações a parlamentares influentes, diversos nomes tiveram suas trajetórias manchadas por acusações que vão desde relações extraconjugais até crimes mais graves, como assédio e abuso de poder.

Moshé Katzav e John Ensign estiveram envolvidos em escândalos sexuais. | Foto: Reprodução
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Escândalos sexuais envolvendo figuras políticas sempre geram repercussão mundial e, em alguns casos, acabam por encerrar carreiras promissoras. De líderes de nações a parlamentares influentes, diversos nomes tiveram suas trajetórias manchadas por acusações que vão desde relações extraconjugais até crimes mais graves, como assédio e abuso de poder. A seguir, relembramos alguns dos casos mais emblemáticos que abalaram a política internacional.

Dominique Strauss-Kahn: queda abrupta

O ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, viu sua carreira ruir em maio de 2011, quando foi acusado de tentar estuprar uma camareira de um hotel em Nova York. A denúncia afastou o economista francês tanto do FMI quanto da disputa presidencial na França, onde despontava como forte adversário de Nicolas Sarkozy. Com o avanço das investigações, no entanto, a credibilidade do depoimento da suposta vítima entrou em xeque. Em um livro biográfico lançado posteriormente, o escritor Michel Taubmann sugeriu que o caso poderia ter sido uma armação política.

Moshé Katzav: do poder à condenação

O ex-presidente de Israel, Moshé Katzav, renunciou ao cargo em 2007, pouco antes do fim de seu mandato, após sérias acusações de assédio sexual e estupro de funcionárias que trabalharam com ele. Inicialmente, chegou a firmar um acordo judicial para reduzir sua pena, admitindo culpa por assédio, mas negando as acusações de estupro. No entanto, em 2010, a Justiça israelense o considerou culpado não apenas por dois crimes de estupro, mas também por assédio sexual, abuso de poder e obstrução da Justiça.

Bill Clinton e o caso Lewinsky

O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, enfrentou um dos maiores escândalos políticos do país ao ter seu envolvimento extraconjugal com a estagiária Monica Lewinsky revelado. O caso, descoberto em meio a uma investigação sobre outra suspeita de assédio sexual, ganhou repercussão mundial após a divulgação de detalhes das interações entre os dois dentro da Casa Branca. "Por pouco, o então presidente dos Estados Unidos não perde seu posto", destacou a imprensa à época. O Senado, no entanto, rejeitou seu impeachment em 1999.

Silvio Berlusconi e o "bunga-bunga"

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi também ficou marcado por escândalos envolvendo festas privadas e suspeitas de envolvimento com menores de idade. O caso mais notório, conhecido como "Rubygate", envolvia a jovem marroquina Karima El Mahroug, a Ruby, que teria participado de encontros com Berlusconi enquanto ainda era menor. O ex-premiê foi investigado por relações com menores e abuso de poder, mas, após anos de processos, foi absolvido por falta de provas.

Anthony Weiner e o poder das redes sociais

O ex-deputado democrata americano Anthony Weiner viu sua carreira política desmoronar após enviar fotos comprometedoras via Twitter. O político admitiu o comportamento inadequado e pediu desculpas, mas o escândalo teve forte repercussão. Sua tentativa de retorno à política também foi frustrada quando um novo caso semelhante veio à tona.

John Ensign e a traição exposta

O senador republicano John Ensign era cotado para disputar a presidência dos EUA, mas um caso extraconjugal com a esposa de um assessor destruiu suas aspirações. Além do adultério, Ensign tentou subornar o marido traído para manter o caso em sigilo. Quando a história veio à público, ele renunciou ao cargo.

Eliot Spitzer e o escândalo da prostituição de luxo

O ex-governador de Nova York, Eliot Spitzer, renunciou em 2008 após ser revelado como cliente de uma rede de prostituição de luxo. O caso veio à tona através de uma investigação federal e incluiu gravações de conversas em que Spitzer solicitava os serviços das acompanhantes. "Violo minhas obrigações familiares e peço desculpas", declarou ao anunciar sua saída do governo.

Zélia Cardoso de Mello e Bernardo Cabral: romance no Ministério

No Brasil, um caso de relacionamento entre ministros marcou o governo Collor. Zélia Cardoso de Mello, ministra da Economia, e Bernardo Cabral, ministro da Justiça, tiveram um romance que gerou polêmica. O caso, inicialmente discreto, ganhou destaque após trocas de bilhetes comprometedores e uma dança romântica durante uma festa. O escândalo contribuiu para a queda de Cabral do ministério, enquanto Zélia também viu sua imagem pública desgastada.

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