
A Polícia Civil segue investigando a morte do vereador de Estrela, Gerson Adriano da Silva, conhecido como Gersinho (PSDB), de 52 anos. O parlamentar foi vítima de uma emboscada durante uma viagem ao litoral norte do Rio Grande do Sul. Até o momento, três pessoas foram presas.
LATROCÍNIO CONFIRMADO
Inicialmente, as autoridades consideraram motivações passionais ou políticas, mas essas hipóteses foram descartadas. Em entrevista coletiva na quinta-feira (30), o delegado responsável pelo caso, Márcio Moreno, confirmou que se tratou de um latrocínio – roubo seguido de morte – motivado por questões financeiras.
ARMADILHA E EXECUÇÃO
Gersinho saiu do Vale do Taquari no sábado, 18 de janeiro, para realizar um serviço na casa de um parente no litoral norte. Durante a noite, ele se encontrou com uma mulher em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo as investigações, os dois já se conheciam e mantinham encontros esporádicos.
A mulher, que recebia pagamento por esses encontros, foi usada como isca para o crime. Criminosos que estavam com ela o atraíram para a emboscada. Ainda no sábado, Gersinho parou de responder mensagens no WhatsApp, e no domingo, um familiar que o aguardava no litoral comunicou o desaparecimento.
ROUBO E BUSCAS
A polícia identificou movimentações financeiras suspeitas na conta do vereador, com transferências via Pix totalizando R$ 4 mil. Documentos dele foram encontrados em Alvorada, enquanto seu veículo foi localizado incendiado nas proximidades da RS-118.
Na sexta-feira seguinte (24), o corpo de Gersinho foi encontrado em uma área de mata de difícil acesso por um morador local. Familiares confirmaram sua identidade. A perícia constatou que ele foi estrangulado com o cinto de segurança do carro e sofreu quatro facadas.
PRISÕES E SUSPEITOS
Entre os três presos estão o executor do crime, um cúmplice e uma mulher de Pelotas que recebeu um Pix de R$ 1,6 mil. Essa mulher é amiga da garota de programa envolvida, que, embora considerada suspeita, não foi detida. Além dos presos, outro homem também está sob investigação.
O delegado Márcio Moreno destacou que os criminosos não sabiam que a vítima era um vereador. As investigações continuam para esclarecer o envolvimento dos demais suspeitos e eventuais cúmplices no crime.