A Polícia Federal solicita autorização ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, para investigar os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão por lavagem de dinheiro, enquanto estão detidos sob acusação de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco.
PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO SUSPEITO: Durante a investigação do assassinato de Marielle e seu motorista, a PF descobre que a Superplan, empresa de Domingos Brazão, possui 87 imóveis na Zona Oeste do Rio, registrados com avaliações subestimadas e indícios de grilagem de terra. A 3X, empresa de Chiquinho Brazão, também é identificada com sete imóveis.
LIGAÇÃO COM POSTOS DE GASOLINA: Além dos imóveis, os irmãos Brazão são ligados a cerca de 25 postos de gasolina no estado do Rio, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro através dessas transações.
INDÍCIOS DE CORRUPÇÃO E GRILAGEM: A PF encontra evidências de que os Brazão utilizavam transações imobiliárias e receitas de postos de gasolina para lavar dinheiro, possivelmente proveniente de corrupção. Domingos é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e Chiquinho é deputado federal.
VÍNCULO COM LEI QUESTIONÁVEL: A descoberta de terrenos que se beneficiariam de uma lei proposta por Chiquinho Brazão, flexibilizando regras ambientais e urbanísticas, reforça a suspeita de grilagem. A lei, contra a qual Marielle lutava, pode ter motivado seu assassinato, segundo delação de Ronnie Lessa, o assassino confesso.
CONCLUSÃO E DESDOBRAMENTOS: A abertura de inquérito para investigar as atividades imobiliárias dos irmãos Brazão adiciona mais pressão sobre eles, especialmente após a denúncia da PGR, que os acusa de facilitar a exploração de áreas dominadas por milícias.