Em comunicado enviado ao mercado na quinta-feira, 29 de novembro, a Equatorial Energia informou que pediu a revisão tarifária extraordinária do contrato de concessão da Cepisa no ano de 2019, em substituição ao processo de reajuste tarifário anual. Adicionalmente, a empresa confirma sua intenção de promover a avaliação completa da Base de Remuneração Regulatória.
O anúncio foi assinado pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores Eduardo Haiama; nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deu anuência para aumento médio de 12,64% das tarifas da Companhia Energética do Piauí (Cepisa), com efeito a partir de 2 de dezembro. O impacto médio será de 13,61 % para os consumidores atendidos em alta tensão e de 12,40% para os clientes em baixa tensão. A Cepisa, uma das distribuidoras privatizadas pela Eletrobras, atende 1,26 milhão de unidades consumidoras em 244 cidades do estado do Piauí.
O arremate da Cepisa pela empresa ocorreu em julho; a Equatorial Energia ofertou proposta de índice combinado de 119,00, o que significa renúncia de 100% do reposicionamento tarifário de PMSO, perdas não técnicas e dívida junto à Reserva Global de Reversão ("RGR") do período de designação em valor de aproximadamente R$ 844 milhões, captados antes da data de publicação do edital de desestatização, além de pagamento de outorga à União no valor de R$ 95 milhões. A Equatorial se comprometeu ainda a aportar cerca de R$ 720 milhões na Cepisa. Com o deságio ofertado haverá redução de tarifa para os consumidores. Além disso, será assegurado à Eletrobras o direito de, dentro de 6 meses a contar da data de liquidação da operação, aumentar a sua participação societária em até 30% do capital social total da Cepisa.