Frustrado. E assim que o governador Wellington Dias, em entrevista exclusiva ao jornal meio norte disse se sentir depois que o senado rejeitou a prorroga??o da CPMF. E ele diz os motivos para sentir-se assim. O principal deles: a perda de aproximadamente 1 bilh?o de reais para o Piau? caso o governo n?o encontre uma sa?da para compensar a lacuna dos recursos que tinha como fonte o importo do cheque.
Ele lembra que apenas em 2007, o Piau? j? recebeu mais de 750 milh?es dessa fonte. Ano que vem este numero seria ampliado com o PAC da Sa?de e outros conv?nios que agora est?o na berlinda. Outra conseq??ncia ? a conten??o de recursos de emendas, que no caso do Piau? somavam aproximadamente 300 milh?es para 2008. Para conter as perdas, a sa?da mais imediata para o governo estadual, de acordo com o governador, seria abrir m?o dos 200 milh?es previstos para no or?amento de 2008 para investimentos e realocar esse valor para as prioridades perenes.
Desse modo, o estado perde capacidade de oferecer contra-partidas em conv?nios e diminui a possibilidades de investimentos, entrando num efeito cascata negativo.
Ele conta que nos ?ltimos 25 dias acompanhou de perto as negocia?es para a aprova??o da prorroga??o da CPMF no Senado. E dias deixa bem claro que a responsabilidade ? dos senadores que de modo irrespons?vel deram um soco no queixo da popula??o.
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Jornal meio norte ? A implica??o direta da perda da CPMF e na sa?de. Aqui no Piau?, qual ? o tamanho do preju?zo?
Wellington Dias ? Ao inv?s de ganhar mais benef?cios para a popula??o do brasil, a oposi??o preferiu derrotar a proposta de prorroga??o e com isso o maior prejudicado ? a sa?de, sem duvida. Neste setor, para os planos que t?nhamos, n?o vejo outra fonte de recursos. O pacote que o governo lan?ou para a sa?de foi por ?gua a baixo. O governo reconheceu que era preciso mais recursos para m?dia e alta complexidade aqui no estado, para mais equipes do programa sa?de da fam?lia, ampliar o atendimento na ?rea odontol?gica, mais volume e produ??o de medicamentos, e tudo isso estava num programa que dependia do dinheiro da CPMF, o PAC da Sa?de. O programa mais sa?de, lan?ado pelo ministro tempor?o, vai ter que ser revisto, e de uma maneira muito dura, porque agora a sa?de n?o conta mais nem com o que tinha antes do programa. Vamos ter uma dificuldade imensa. N?o consigo imaginar como o governo federal vai cortar isso no or?amento.
Jornal meio norte - O senhor teme a perda do Bolsa fam?lia? O Piau? tem muitos benefici?rios e boa parte da economia do interior, hoje, se baseia nele.
Wellington Dias ? Se o governo quisesse ser radical, em janeiro j? n?o pagaria o Bolsa Fam?lia. Mas j? anunciou que n?o quer fazer cortes em programas sociais, como ? tamb?m o Beneficio Rural. Se isso acontecesse seria o caos. Mas sem duvida o SUS fica prejudicado. E quem usa o Sistema ?nico de Sa?de: os mais pobres.
Jornal meio norte ? Essa briga da oposi??o para derrubar a CPMF foi pura vingan?a?
Wellington Dias ? Creio que sim. Acho que algu?m pesou em atigir o presidente com isso. Porque o que a gente escutava em Bras?lia era algo do tipo ?do jeito que o governo vai, do jeito que o presidente vai, n?o tem pra ningu?m em 2010. ent?o vamos dar logo um no aqui?. E isso que percebi, mas essa luta pol?tica deveria se dar apenas no campo pol?tico.
Jornal meio norte ? Esse n?o seria o papel nato de uma oposi??o?
Wellington Dias - O que eu estou dizendo ? que como uma pessoa que j? teve uma longa experi?ncia de oposi??o, eu estranho a oposi??o ter sido vitoriosa no atendimento da pauta que encaminhou, e ainda assim ter votado contra. O papel da oposi??o ? provocar uma situa??o em que o governo venha para a negocia??o e haja ganhos para a popula??o. Nesse caso, teria. A pauta de reivindica?es deles seria cumprida. Est?vamos caminhando para resolver o grande problema de sa?de do pais. Eu acho que ontem a oposi??o derrotou um interesse da popula??o brasileira. Foram vingativos