A tentativa de fuga do ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, na sexta-feira (26), incluiu um plano para garantir a segurança de um cachorro da raça pitbull. O animal aparece com frequência em registros do ex-policial e acabou entrando no centro das investigações.
De acordo com informações prestadas pelo próprio Silvinei à Polícia Federal (PF), o cachorro não viajaria com ele para El Salvador. O ex-diretor afirmou que o animal foi deixado sob os cuidados de amigos, que se responsabilizariam pelo bem-estar do pitbull.
Cachorro é citado em despacho do STF
A situação envolvendo o animal ganhou destaque após ser mencionada em um despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A referência foi feita com base em informações repassadas pela PF durante o monitoramento do ex-diretor.
Segundo os relatos, na véspera do Natal, o cachorro foi colocado em um carro alugado, o mesmo que teria sido utilizado por Silvinei no dia da fuga. No veículo, que estava em São José (SC), também foram encontrados pacotes de ração e tapetes higiênicos para animais.
Policiais foram ao local apenas no dia seguinte para verificar problemas relacionados à tornozeleira eletrônica usada por Silvinei. No entanto, ao chegarem, não encontraram nem o ex-diretor nem o cachorro. A PF não soube esclarecer como ocorreu a violação do equipamento, nem se a tornozeleira ficou no apartamento, que estava trancado.
O pitbull não estava com Silvinei no momento da prisão, realizada no Paraguai. Imagens do aeroporto de Assunção, onde ele tentava embarcar, mostram que o ex-diretor estava sozinho. Posteriormente, Silvinei reiterou que deixou o animal com amigos, mas até o momento não há detalhes oficiais sobre o paradeiro do cachorro.