Nos anos 1930, o Brasil iniciou sua grande industrialização com o plano de Getúlio Vargas, que combinava investimentos em infraestrutura e políticas protecionistas para fortalecer a indústria nacional. Quase um século depois, o país se prepara para uma nova onda de industrialização, agora impulsionada pela transição energética.
Apesar das mudanças, a necessidade de investimentos estratégicos continua. O Brasil parte de uma posição privilegiada, com 49% de sua matriz energética proveniente de fontes renováveis, destacando-se no cenário internacional. O Nordeste, responsável por 82% da geração de energia eólica e solar no país, se torna um protagonista dessa transformação.
O governo federal vê essa abundância de energia renovável como uma oportunidade para atrair investimentos internacionais, mas também alerta para o risco de desperdício, já que até 20% da energia gerada na região pode ser perdida sem a demanda necessária. Investir na atração de indústrias e melhorar a distribuição de energia são desafios essenciais para o sucesso dessa transição.
A transformação brasileira exige uma articulação entre atração de investimentos, expansão da demanda industrial e aprimoramento da infraestrutura de distribuição. Se o Brasil conseguir equilibrar esses elementos, terá a chance de se modernizar e se posicionar de forma relevante na economia global de baixo carbono.