O embaixador brasileiro, Breno de Souza da Costa, foi expulso da Nicarágua em resposta ao congelamento das relações diplomáticas entre os dois países. A medida ocorreu após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentar interceder pela libertação do bispo católico Rolando José Álvarez, preso há 500 dias, o que desagradou o governo nicaraguense.
Embora o PT tenha mantido boas relações com Daniel Ortega desde 2007, o clima esfriou quando os telefonemas de Lula foram ignorados pelo presidente da Nicarágua. A expulsão foi motivada pela ausência de Breno de Souza da Costa na comemoração dos 45 anos da revolução sandinista.
BRASIL BUSCA ESCLARECIMENTOS
Segundo um alto funcionário do Itamaraty, o aviso de expulsão foi dado há duas semanas, e o Brasil busca esclarecimentos sobre a situação, avisando que não aceitará passivamente a decisão, caso seja confirmada. Até o momento, o embaixador brasileiro permanece no país, conforme relatado pela Folha de S.Paulo.
O embaixador seguiu as orientações do Itamaraty de não participar da celebração. Lula envolveu-se após um pedido do Papa Francisco, mas, sem sucesso em contatar Ortega, expressou publicamente seu descontentamento. Em junho de 2023, o Brasil apoiou uma resolução da OEA pedindo democracia na Nicarágua, e Lula criticou o governo Ortega, enfatizando que aliados devem aceitar críticas.