O Banco Central (BC) publicou nesta quarta-feira (16) um vídeo em suas redes sociais para desmentir notícias falsas sobre o Pix e alertar os usuários sobre novos golpes que estão circulando. Adotando sua faceta descontraída, o “BC sincero”, a autoridade monetária usou memes e humor ácido para se comunicar diretamente com o público.
DESINFORMAÇÃO SOBRE TAXAS E SIGILO BANCÁRIO
No vídeo, o BC ironiza os boatos de que haveria cobrança de taxas para transações via Pix ou quebra de sigilo bancário. O locutor diz:
“BC na área full pistola, porque vocês decidiram descer para BC no comecinho do ano com essa lorota de que o Pix vai ser cobrado. Nada muda nas regras do Pix, bebê.”
A publicação também reforça: “Se você fazia Pix gratuitamente, vai continuar fazendo. Não tem tarifa, ninguém vai espionar suas transações.”
O post no Instagram direcionou-se especialmente aos "amantes de teorias da conspiração e caçadores de tarifas", reafirmando que o Pix continua sendo um serviço gratuito.
ALERTA SOBRE NOVOS GOLPES
Além de combater a desinformação, o BC alertou sobre novos golpes que têm como alvo os usuários do Pix. Criminosos estão enviando boletos falsos com logotipos da Receita Federal, cobrando uma suposta taxa pelo uso do sistema. A mensagem do BC é clara: “Não acreditem em qualquer lorota que vocês ouvem por aí.”
RECEITA FEDERAL E A POLÊMICA SOBRE NORMAS
A onda de fake news começou após a Receita Federal editar uma norma que exigia das fintechs a notificação de movimentações acima de R$ 5 mil para pessoas físicas, algo já praticado pelos bancos tradicionais. A medida gerou dúvidas e desinformação, especialmente sobre o Pix. Diante da repercussão negativa, o governo revogou a norma.
Com a revogação, permanecem em vigor as regras anteriores: bancos e fintechs só precisam informar à Receita movimentações acima de R$ 2 mil no caso de pessoas físicas.
QUEDA NO NÚMERO DE TRANSAÇÕES PIX
O levantamento do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) do BC apontou uma redução de 10,9% no número de transações Pix entre 4 e 10 de janeiro de 2025, em comparação ao mesmo período de dezembro de 2024.
Essa queda é maior do que a redução habitual de janeiro, que ocorre devido à sazonalidade, como o impacto do 13º salário e das compras de Natal em dezembro. O número de operações também ficou abaixo do registrado nos mesmos períodos de novembro, outubro e setembro de 2024, algo atípico para o Pix, que segue como um dos métodos de pagamento mais populares do Brasil.