A Interpol (polícia internacional) incluiu no início da tarde desta segunda-feira (18) o nome e a foto do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato na lista de procurados internacionais, chamada de difusão vermelha.
A Polícia Federal considera que ele está foragido e pediu, no sábado (16), para que o nome dele fosse lançado na lista de procurados da Interpol. As informações sobre a fuga dele, que teve a prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira (15), foram repassadas em um alerta que vai para 190 países com um mandado de prisão.
O advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato, defensor de Henrique Pizzolato, afirmou que o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil está na Itália. Em telefonema para o delegado Marcelo Nogueira , Cavalcante disse que, ao chegar à casa do seu cliente, em Copacapana, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (15) foi informado por familiares que ele tinha viajado para o país europeu.
Pizzolato enviou uma carta, divulgada pelo então advogado dele Marthius Sávio, em que justifica sua saída do país e diz que quer novo julgamento na Itália. Em seguida, o advogado informou que não representa mais o ex-diretor do Banco do Brasil.
Delegado vê saída "clandestina"
Henrique Pizzolato é o único dos 12 condenados do processo do mensalão que tiveram os mandados de prisão expedidos na sexta-feira (15) que ainda não se apresentou à polícia. A pena total dele é 12 anos e 7 meses, tendo sido condenado pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O STF negou o último recurso possível e decidiu que, para Pizzolato, o processo do mensalão terminou. A pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima.
Para o delegado Marcelo Nogueira, o réu, que possui cidadania e passaporte italianos, saiu do Brasil de forma clandestina, uma vez que seu nome estava na lista de procurados impedidos de deixar o país. Agora, de acordo com o delegado, cabe ao Ministério da Justiça pedir a extradição judicial do condenado.