Em queda livre, Eduardo Cunha segue dando as cartas para governo

O peemedebista é cortejado por governo e oposição

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O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deverá ser o centro das atenções mais uma vez ao longo de toda a semana. O peemedebista é cortejado por governo e oposição sobre um único tema: o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A trinca dos ‘três As’ – aceitar, arquivar, adiar – apresenta as opções que Cunha tem em suas mãos. A divulgação do parecer do presidente da Câmara sobre o pedido de impeachment mais promissor, aquele apresentado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, pode ser adiada para o fim da semana ou até para a próxima.

A oposição quer que Cunha aguarde um aditamento ao requerimento para incluir as chamadas pedaladas fiscais cometidas neste ano, confirmadas em julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU). Todavia, a própria bancada pró-impeachment tem pressa, justamente pelo desgaste que o presidente da Câmara vem enfrentando, com cada vez mais indícios sobre suas contas na Suíça e o seu envolvimento com o escândalo investigado pela Operação Lava Jato.

Caso Cunha aceite o pedido de impeachment, os governistas não só entrarão com força total em um pedido de cassação como também acionarão a Advocacia-Geral da União (AGU) para que conteste o tema no Supremo Tribunal Federal (STF). Para os aliados da presidente, não há elementos que hoje balizem um processo de impeachment de Dilma.

Em comum, governo e oposição sabem que, no final das contas, a discussão tem uma forte possibilidade de acabar no plenário. Se Cunha arquivar todos os oito pedidos de impeachment pendentes – algo que poderia evitar um desgaste ainda maior para o peemedebista –, a oposição tende a recorrer, precisando de uma maioria simples no plenário (257 votos a favor) para derrubar o arquivamento.

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