Com o início de uma nova gestão nos Estados neste mês, a Folha de São Paulo divulgou na segunda-feira, 07 de janeiro, um panorama fiscal dos entes fedetivos. O levantamento, feito através de dados oficiais repassados pelo Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), aponta que o Piauí liderou o crescimento na receita entre 2014 e 2018. A alta foi de 8,1%, na segunda colocação apareceu o Mato Grosso com 7,3%, seguido pelo Paraná, com 6,3%. Apenas oito Estados apresentaram crescimento real nas receitas, o que revela a dificuldade enfrentada pelos Estados no período com a arrecadação, em meio as turbulências provocadas pela crise econômica e política, que culminou no impeachment da presidente (na época) Dilma Rousseff (PT).
No Brasil, a retração média foi de 4,4%; assim, os Estados que tiveram a maior redução na receita real foram Rondônia (-23%), Acre (-13,8%) e Espírito Santo (-12,9%). O estudo considera os efeitos da inflação no período, por isso, a queda acentuada na maioria dos entes federativos.
A situação fiscal equilibrada do Piauí pode ser evidenciada ainda pelo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos; chegando a 72,7% entre 2002 e 2016, apresentando uma média anual de elevação na faixa de 4%. Além disso, recentemente Tesouro Nacional elevou a nota do Piauí de C para B, o que tornou o Estado elegível para novos empréstimos e operações de crédito.
Estado teve o 3º menor crescimento no número de inativos
O levantamento da Folha ainda destaca que o Piauí teve o terceiro menor crescimento no número de inativos no período entre 2014 e 2017, chegando a 1,9%, ficando atrás apenas de Goiás e Roraima que não registraram elevação no período. Com isso, apesar da elevação nas despesas com aposentados e pensionistas, o Estado conseguiu manter um patamar capaz de ser compensando.
Mesmo com tal indicativo, a Previdência continua sendo o maior gargalo da atual administração, haja vista que no ano passado estima-se que R$ 1 bilhão foi aplicado pelo Governo para pagar os benefícios, haja vista que a arrecadação previdenciária não foi suficiente para suprir a demanda.
Ações como a inserção do Piauí na Prev-Nordeste, uma previdência complementar dos entes nordestinos, vem sendo implementadas para conter essa problemática.