Após ser preso, Lula chega a Curitiba para cumprir pena

Manifestantes tentaram evitar saída do ex-presidente de sindicato

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O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou o Sindicato dos Metalúrgicos, em São Bernardo, no ABC paulista, na noite deste sábado (7), Ele desembarcou em Curitiba por volta das 22h06 para cumprir pena na sede da Polícia Federal.

Depois de deixar o aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, o helicóptero que transportava Lula pousou na superintendência da Polícia Federal em Curitiba às 22h28. A chegada foi recebida com fogos de manifestantes, que entraram em confronto com a polícia.

Policiais militares atiraram bombas e balas de borracha contra apoiadores do petista  no momento em que o helicóptero pousava na sede da PF.

O Dr. Rosinha, ex-deputado federal e presidente do diretório do partido no Paraná, disse que partiu da PF o início do confronto e que ninguém forçou as grades do portão.  "Não tinha ninguém forçando o portão. A PF que começou a jogar bombas", afirmou.

O Dr. Rosinha, ex-deputado federal e presidente do diretório do partido no Paraná, disse que partiu da PF o início do confronto e que ninguém forçou as grades do portão.... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2018/04/07/lula-e-preso-ex-presidente-chega-a-curitiba-para-comecar-a-cumprir-pena.htm?cmpid=copiaecola

O juiz Ernani Mendes Silva Filho, da Justiça Estadual do Paraná, decidiu proibir integrantes de "movimentos" de transitar no entorno do prédio. A decisão tem caráter liminar (temporário) e foi dada a pedido da Prefeitura de Curitiba. O juiz não citou que movimentos e pessoas são alvos da ordem judicial. Silva Filho autorizou o "auxílio de força policial" para seu cumprimento.


Por volta das 17h, ele entrou no carro com seu advogado, Cristiano Zanin Martins, mas foi impedido de sair pela militância à frente do portão do prédio. Ele foi a pé para evitar novo impedimento, entrou em outro carro que estava fora do sindicato e foi em comboio da polícia. Teve muito empurra-empurra para barrar sua saída do ex-presidente. Houve gritos para que ele não se entregasse.

Às 19h45, ele chegou à Superintendência da PF, na Lapa, para fazer o exame de corpo de delito. O procedimento é rotina para qualquer preso.

Líder da equipe de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o advogado Cristiano Zanin Martins acompanhou o petista na saída do sindicato.

O veterano chegou de helicóptero ao Aeroporto de Congonhas e cumprirá a pena na sede da PF, enquanto aguarda a possibilidade de um habeas corpus ou de um possível novo entendimento do STF para a prisão após condenação em segunda instância.

O petista não havia atendido à oportunidade oferecida pelo magistrado de comparecer de forma voluntária à Polícia Federal, em Curitiba, até 17h (de Brasília) de sexta. Ele quis antes participar de uma missa em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, que faria aniversário de 68 anos nesta data, e depois almoçou com familiares.

Por um placar de 6 votos a 5, o STF (Supremo Tribunal Federal) negou na madrugada de quinta-feira (5) o recurso contra a prisão na Operação Lava Jato. 

Lula estava desde quinta no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), recebendo apoio de militantes, apoiadores e políticos do PT e de partidos de esquerda.  Milhares de pessoas ficaram em frente ao local para apoiá-lo e criticar o pedido de prisão de Moro.

Moro decretou a prisão de Lula para iniciar a execução da pena de 12 anos e um mês, imposta pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), pelo caso do tríplex do Guarujá (SP). No despacho, houve a ordem do magistrado para que o ex-presidente não fosse algemado e que fosse disponibilizada a ele uma sala em condições especiais na capital paranaense.

Na sexta-feira, após uma tentativa sem sucesso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), os advogados do petista recorreram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar derrubar a ordem de prisão. O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, também rejeitou o recurso.

Lula é o primeiro ex-presidente da República a ser condenado e preso pela Justiça por crime comum.



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