No decorrer de um evento realizado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para a entrega do título honorário de cidadão mineiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um discurso controverso proferido pelo governador Romeu Zema (Novo) tem gerado repercussões significativas. A ocasião se deu quando o governador, em entrevista concedida ao jornal "O Estado de S. Paulo" no início deste mês, fez comentários sobre o bloco Cossud (Consórcio Sul-Sudeste), enfatizando sua busca por um papel de destaque e de sobreposição à equidade entre as regiões nacionais. Além disso, sua comparação entre os estados do Nordeste a "vaquinhas que produzem pouco" tem suscitado debates intensos.
Nesta segunda-feira (28), o deputado estadual Coronel Sandro (PL), o qual cultua a ideologia bolsonarista, aproveitou o evento para enaltecer o posicionamento de Zema em prol da cooperação excludente entre as regiões Sul e Sudeste do país.
"Aproveito para parabenizar neste momento o governador Romeu Zema pelas sábias palavras quando se ergueu na defesa do Sul e do Sudeste para que tenhamos posição, no mínimo, igualitária, quando formos discutir a distribuição de recursos públicos. Prova que é o melhor governador desse estado de todos os tempos", expressou o parlamentar em suas declarações.
O evento em questão também testemunhou trocas de elogios entre Bolsonaro e Zema. O ex-presidente, fazendo alusão a notícias veiculadas pela imprensa local sobre um novo relacionamento amoroso iniciado por Zema, brincou ao comparar as trajetórias políticas de ambos.
“Vocês estão vendo que o Zema está com uma cara de mais feliz, mais alegre. Não vou contar toda a história, mas os senhores sabem que, quando se pergunta a idade para um homem, ele responde que tem a idade da mulher que ama", disse Bolsonaro de forma bem-humorada. "Ele é um homem que nunca esteve na política. Eu também jamais esperava ser vereador na vida, e acabei sendo eleito em 1988. Assim como o Zema não tinha a marca de político, eu também não tinha", continuou.
O evento na ALMG permanece como um ponto focal de discussões, com as palavras do governador ultraliberal do estado de Minas ecoando por todo o cenário político e gerando análises e reflexões acaloradas sobre o direcionamento das políticas públicas e a colaboração entre as regiões do Brasil.
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