O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, adotou uma medida inédita no julgamento do segundo núcleo da trama golpista responsável pelos ataques de 8 de janeiro: determinou o lacre dos celulares de todos os presentes na sessão.
Advogados, jornalistas, investigados e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foram obrigados a entregar seus aparelhos antes de entrar no auditório. Os celulares foram lacrados e devolvidos em envelopes, que não podem ser abertos no local onde está sendo analisada a denúncia contra seis dos acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A medida não é usual no STF e não foi adotada na primeira fase do julgamento, ocorrida entre os dias 25 e 26 de março, quando a denúncia contra oito acusados do “núcleo crucial” da trama golpista foi aceita. Entre os réus estava o ex-presidente Jair Bolsonaro, que esteve presente no auditório e até fez postagens no X durante a sessão.
Naquela ocasião, houve alguns episódios de confusão envolvendo parlamentares bolsonaristas e o advogado Sebastião Coelho, que hoje esteve na tribuna para defender Filipe Martins, ex-assessor de assuntos internacionais da Presidência da República.