As despesas previdenciárias no Piauí acumulam crescimento de 39% de 2014 a 2018 no Piauí. Os gastos com aposentadorias e pensões do Regime Próprio (RPPS) atingiram até o quinto bimestre do ano passado o montante de R$ 1,718 bilhão. Número que pode crescer com o relatório consolidado, a ser divulgado no final deste mês.
Há cinco anos atrás os gastos liquidados com o RPPS foram de R$ 1,233 bilhão. O fenômeno pode ser explicado pelo aumento no índice de inativos no Estado, quase 2% no período, aliado aos reajustes comuns a cada ano.
Para os próximos anos, a expectativa é que o número de inativos e a demanda por pagamento aumente ainda mais no Piauí, o que exige da administração uma estratégia para alavancar as receitas previdenciária. Para ter ciência dados do Boletim de Conjuntura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o Piauí deverá ter um boom no número de aposentadorias nos próximos anos. O levantamento aponta que em 2015 mais de um terço dos servidores locais chegaram aos 50 anos. Para se ter uma ideia, apenas de 2012 a 2015, em termos reais, o crescimento das despesas do Estado com o pagamento de inativos foi de R$ 1,103 bilhão,o que acabou gerando uma sobrecarga na gestão, que poderia estar usando o montante para a aplicação em investimentos. O indicativo de gastos considera pesquisa da STN.
Em tal âmbito, o boletim faz um alerta, indicando para a restrição orçamentária para repor o efetivo e a elevação nos gastos previdenciários. Com a iminente aposentadoria de um elevado número de servidores, o Piauí é um dos Estados que exige mais atenção, de acordo com o demonstrativo.