Enquanto que a nível estadual o PSB, PTB, PMDB e PT são partidos da base governista tendo como oposição o PSBD, em alguns municípios os acordos são firmados de uma outra maneira. Em Barras, por exemplo, que é um dos municípios piauienses que possui um dos maiores colégios eleitorais do Estado, os tucanos estão juntos com PSB e PMDB. A costura de alianças envolvendo os três partidos a nível estadual não é descartada por membros dos partidos.
Em Barras, um dos candidatos é Chico Marques que tem como vice Alfredo Barbosa, que é também do PMDB na disputa das eleições suplementares do dia 11 de abril. O candidato conseguirá reunir no mesmo palanque adversários políticos a nível estadual, como é o caso do prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB), o presidente da Assembléia Legislativa, Themistocles Filho (PMDB) e o vice-governador Wilson Martins (PSB).
Para o deputado estadual Roncali Paulo (PSDB), a situação que se vivencia em Barras pode vim a acontecer a nível estadual, mesmo reconhecendo que no interior as divergências são mais pessoais que partidárias. ?No entanto, o quadro sucessório mudou. Todo discurso da casa do governador, caiu por terra, quando o governador permaneceu no cargo e a base aliada não é mais aliada. As conversas entre PSB, PMDB e PSDB existem e a cada dia se trabalha mais para esse entendimento?, afirma, acrescentando que torce para a aparação de arestas entre os três partidos.
Mesmo considerando remota a possibilidade dos três partidos marcharem juntos a nível estadual, o deputado Warton Santos (PMDB) admite que ?em política tudo é possível? e ?não é de se estranhar a formalização de alianças entre os partidos como acontece em Barras. ?No interior, tem suas conveniências, não existe fidelidade partidária. Estamos vendo as mais esdrúxulas coligações em vários municípios, acredito que seja difícil se repetir a nível estadual, mas nada é impossível?, analisa.
O peemedebista acrescentou que o partido foi surpreendido com a decisão do governador de permanecer no cargo. ? Desconsiderou um pré-acordo que tinha se estabelecido. Mesmo indicando um nome, tem que ter conversações prévias com os demais partidos para saber se eles apóiam?, adianta, dando a entender que, caso o partido se sinta prejudicado, poderá ?marchar? junto com a oposição. Mauro Tapety (PMDB) fez coro aos demais destacando que, no interior, os partidos são meros instrumentos legais que possibilitam os candidatos a concorrer as eleições. ?No interior, são pessoas e não partidos?, conclui. (M.M)