O ex-ditador Bashar al-Assad se pronunciou pela primeira vez nesta segunda-feira (16) após a queda de seu governo, ocorrida no último dia 8. Em seu discurso, afirmou que foi solicitado a deixar a Síria devido a um "intenso" ataque de drones dos rebeldes. Segundo ele, chegou em Damasco até o dia 8 de dezembro, mas, ao perceber a infiltração das forças terroristas na cidade, foi transferida para Latakia, onde supervisionou as operações militares.
asilo político
Assad explicou que não havia previsão de sua partida da Síria e negou as versões do que teria saído durante as últimas horas da batalha. Ele detalhou que, ao chegar à base aérea russa de Hmeimim, incentivou a retirada completa das forças sírias das linhas de combate, com as últimas posições já caídas. Foi nesse momento que o Kremlin solicitou a sua evacuação para a Rússia, onde ele e a sua família receberam asilo político.
O ex-ditador também destacou que, em nenhum momento, renunciou ou buscou refúgio, e que não havia recebido tal proposta de qualquer parte. Contudo, ele percebeu que a situação no campo de batalha se deteriorava rapidamente, com ataques de drones atingindo até mesmo a base russa, o que obrigou sua saída imediata.
A queda de Assad ocorre após uma ofensiva do grupo rebelde Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que rompeu um longo período de estagnação no conflito sírio. A perda de apoio de aliados chave, como Rússia, Irã e Hezbollah, favoreceu a retomada das posições estratégicas pelos rebeldes. Os analistas apontam que a situação pode ter repercussões mais amplas para a estabilidade no Oriente Médio.
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