A permanência de Raquel Dodge no comando da PGR (Procuradoria-Geral da República) já não é considerada líquida e certa caso Jair Bolsonaro (PSL) vença a eleição. O mandato dela vence em setembro de 2019. O novo presidente pode reconduzi-la, ou não, ao cargo por mais dois anos.
Advogados e juízes ligados ao grupo mais próximo do presidenciável dizem que o assunto nem sequer está no radar dele. E afirmam que, dado o trabalho da procuradora-geral, considerado sério, ela poderia, sim, ser mantida no cargo.
Além disso, Dodge teria apoio da classe para permanecer —e Bolsonaro não iria criar uma zona de atrito justamente com os procuradores.
A hipótese de mudança preocupa integrantes do Ministério Público Federal e já é assunto até entre ministros de tribunais superiores —muitos apostam que ela será preterida na escolha.
Em abril, a procuradora-geral denunciou Bolsonaro ao STF (Supremo Tribunal Federal) por racismo.