O Partido Novo determinou a imediata suspensão da filiação de João Amoêdo. A sigla não deu detalhes do que teria motivado a medida, mas é adotada após o anúncio de voto em Lula (PT) no segundo turno.
Segundo o partido, a filiação foi suspensa enquanto Amoêdo é alvo de um processo disciplinar por "possíveis violações estatutárias".
Nas redes sociais, o deputado federal pelo Novo no Rio Grande do Sul, Marcel van Hattem, disse que a Comissão de Ética havia enviado comunicado sobre a suspensão alegando "risco de dano grave e de difícil reparação à imagem e reputação do Novo".
No segundo turno, Amoêdo, que foi candidato à presidência pelo partido em 2018 e crítico constante dos governos petistas, anunciou apoio a Lula (PT). Na declaração, disse que seu direito de fazer oposição estaria "mais preservado com Lula, que com Bolsonaro".
Após o posicionamento, ele foi criticado pelo partido. O atual presidente do Novo, Eduardo Ribeiro, disse que a postura era "vergonhosa".
No segundo turno, o Novo não se posicionou em apoio a nenhum dos candidatos. Apesar disso, publicou uma nota criticando o PT e o 'lulismo', mas liberando seus filiados e eleitores a votar no segundo turno de acordo com a "consciência" e "princípios partidários".
Em nota, o Novo informou que "o processo na CEP segue seu curso respeitando rigorosamente as determinações Estatutárias e o pleno direito de defesa".