O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Tarcisio Vieira de Carvalho Neto negou uma ação que pedia a exclusão do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) das pesquisas de intenção de voto.
Apresentado pelo IDL (Instituto Democracia e Liberdade), a ação desejava que os institutos Ibope, Datafolha, Paraná Pesquisas e Vox Populi deixassem de usar o nome de Lula em suas pesquisas enquanto não forem suspensos os efeitos da sentence que condenou o ex-presidente à prisão.
Lula foi condenado em segunda instância no processo do tríplex por corrupção e lavagem de dinheiro. Essa condição torna o petista inelegível, já que ele fica enquadra na Lei da Ficha Limpa, sancionada pelo próprio ex-presidente em 2010.
O TSE, porém, ainda não analisou o registro de candidatura de Lula. Enquanto isso, ele pode ser considerado como postulante ao Planalto.
Tanto Datafolha quanto Ibope, em suas pesquisas mais recentes, apresentaram pesquisas com dois cenários: com e sem Lula. Quando aparece na disputa, o petista aparece na liderança.
Ao ser substituído por Fernando Haddad, a candidatura do PT perde força e fica atrás de Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
A Justiça Eleitoral determina que "os nomes de todos os candidatos cujo registro tenha sido requerido deverão constar da lista apresentada aos entrevistados durante a realização das pesquisas”.
De acordo com o ministro, o IDL queria que o TSE mudasse as regras sobre pesquisas. "Os representantes buscam, em verdade, a alteração da norma, o que não se mostra possível a esta altura do processo eleitoral", explicou.
Para ele, uma nova regra agora "causaria insegurança jurídica às entidades e aos institutos de pesquisa".
Carvalho Neto determinou o arquivamento do pedido do IDL. A decisão está datada como do dia 28 agosto, mas foi disponibilizada no sistema do TSE nesta quinta (30).