Bolsonaro diz que aceitará resultado das eleições se forem “limpas”

Jair Bolsonaro foi o primeiro candidato a presidente a participar da sabatina do Jornal Nacional

Jair Bolsonaro no Jornal Nacional | Marcos Serra Lima/g1
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MATHEUS TEIXEIRA, RENATO MACHADO E RICARDO DELLA COLETTA

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (22) que nunca xingou ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). A declaração foi dada durante sabatina dos presidenciáveis no Jornal Nacional, da Rede Globo.  

Ele disse que aceitará o resultado das eleições, "desde que sejam limpas", e defendeu a aliança com o Centrão.

Jair Bolsonaro durante sabatina no Jornal Nacional Foto: Marcos Serra Lima/g1

O presidente da República foi o primeiro candidato a presidente a participar do programa. Na entrevista, ele também negou ter barrado a compra de vacinas. 

O presidente foi cobrado pelos apresentadores a assumir um compromisso de que respeitará o resultado das eleições.

"Serão respeitados os resultados das urnas desde que as eleições sejam limpas", afirmou o presidente.

Jair Bolsonaro também foi questionado sobre as ações antidemocráticas de seus apoiadores. Respondeu que se trata de "liberdade de expressão"

"Quando alguns falam em fechar o Congresso, é liberdade de expressão deles. Eu não levo para esse lado."

Bolsonaro foi questionado se faltou compaixão de sua parte por ter imitado pacientes de Covid-19 que tinham falta de ar.

"A solidariedade eu me manifestei conversando com o povo nas ruas, visitando as periferias de Brasília, vendo pessoas humildes que foram obrigadas a ficar em casa sem ter um só apoio de governador ou prefeito. E nós demos auxílio emergencial imediatamente", disse.

Jair Bolsonaro afirmou que não retardou a compra de vacinas e repetiu as alegações de que a Pfizer pretendia impor condições impraticáveis para fornecer os imunizantes. A CPI da Covid, no entanto, apontou que as propostas da farmacêutica americana ficaram meses sem resposta.

O presidente também comentou a sua relação com o grupo da Câmara conhecido como Centrão.

"O Centrão são mais ou menos 300 parlamentares. Se eu deixar de lado, vou governar com o quê? Não vou governar com o parlamento. Então, você está me estimulando a ser um ditador. São 513 deputados, 300 são de partidos de centro, pejorativamente chamado de centrão. O lado de lá, os 200 que sobram, o pessoal do PT, PCdoB, PSOL, Rede, não dá para você conversar com eles. Até eles não teriam números suficentes para aprovar um PL comum. Então, os partidos de centro fazem parte, grande parte, da base do governo para que possamos avançar em reformas", afirmou o presidente.

Nesta semana também serão sabatinados Ciro Gomes (dia 23), Luiz Inácio Lula da Silva (25) e Simone Tebet (26).

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