Beto Richa deixa a prisão e retoma sua campanha para o Senado

Visivelmente abalado, o tucano saiu a pé e sozinho do regimento.

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O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado Beto Richa (PSDB) foi solto na madrugada deste sábado (15/09), por volta de 0h40, após ficar quatro dias preso.

Visivelmente abalado, o tucano saiu caminhando do Regimento da Polícia Montada onde ficou preso, em Curitiba. Estava de óculos de grau, acessório que raramente usa em público.

Na saída fez um pronunciamento de pouco mais de 1 minuto.

“Eu vou começar dizendo o que eu disse no meu depoimento hoje, que o povo do Paraná conhece a minha vida pessoal, política, da minha família, de trabalho por este Estado, trabalho por todos os paranaenses. O que fizeram comigo foi uma crueldade enorme. Eu não merecia o que aconteceu, mas estou de cabeça erguida e continuo respondendo todas as acusações sem a menor dificuldade. Vocês conhecem a minha vida ilibada, a minha trajetória de vida. Foram dias, não posso deixar de dizer, de extremo sofrimento para mim e para toda a minha família. Lamento que a palavra de um indivíduo, de um delator, cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade, ao contrário, total falta de credibilidade. E aí eu pergunto: vale a palavra dele ou vale a minha palavra? Estou… cansado neste momento, esgotado. Estou indo encontrar os meus familiares, abraçar meus filhos, meus netos, se estiverem acordados ainda, e voltar para a minha vida normal. E volto neste momento para a minha campanha”.

Na sequência o ex-governador foi questionado sobre as acusações contra ele e repetiu apenas que está de volta à campanha. “Eu entrei neste regimento aqui como um homem honrado e saio daqui como um homem honrado”, afirmou.

A decisão da Justiça estadual manteria o tucano preso por tempo indeterminado. No entanto, decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu habeas corpus “de ofício”, de forma sumária, e impede nova prisão do político se não houver novos indícios de irregularidade.

Também foram soltos a mulher do candidato, Fernanda Richa, e outras 13 pessoas presas na última terça-feira  na operação denominada Rádio Patrulha do MP-PR (Ministério Público do Paraná). Todos foram liberados por ordem de Gilmar Mendes. Fernanda deixou a prisão pouco antes de Beto Richa, ela saiu em um carro e não falou com a imprensa.

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