Alckmin defende reforma trabalhista e Ciro quer fim de polarização

Canidatos participaram de debate promovido pela TV Aparecida

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O debate promovido nesta quinta-feira (20) pela TV Aparecida e pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), no qual não se podia escolher qual adversário enfrentar -- os autores de perguntas e respostas foram escolhidos por sorteio --, os candidatos aproveitaram as oportunidades disponíveis para antagonizar com rivais. Foi o que fez Geraldo Alckmin (PSDB) quando teve que responder uma pergunta de Fernando Haddad (PT), em seu primeiro debate nesta campanha, sobre o apoio do PSDB ao governo de Michel Temer (MDB).

O tucano defendeu a reforma trabalhista e, com a ausência de Jair Bolsonaro (PSL) -- ainda internado devido ao ataque a faca sofrido no dia 6 de setembro --, aproveitou para tentar se colocar como o principal candidato anti-PT.  Culpou o partido pelo desemprego no país, afirmou que o PT quebrou o país e que a legenda escolheu Temer para ser vice de Dilma.

Haddad respondeu dizendo que "quem se uniu ao Temer para trair a Dilma foi o PSDB", em sua única menção à ex-presidente no debate, e ouviu de volta que o PT "lança candidatura na porta de penitenciária" em vez de fazer autocrítica.

Ciro Gomes (PDT), que disputa com Haddad o eleitorado órfão de Lula, perguntou ao adversário porque o povo deveria acreditar na reforma tributária proposta pelo PT, que não a fez enquanto esteve no poder. "Lula fez uma das maiores reformas tributárias às avessas no país, que foi colocar o pobre no orçamento", respondeu Haddad, citando uma série de programas sociais petistas.

Fim das polarizações

Ao longo do debate, Ciro Gomes buscou se apresentar como o candidato capaz de quebrar o ciclo de polarização política, dizendo que PT e PSDB adotaram as mesmas práticas de "cooptação" de políticos e ocupação de cargos públicos. Para o candidato, o povo deve eleger "ideias, e não caudilhos".

No fim do debate, Alckmin também quis se colocar como alternativa a uma polarização entre o PT e "os que têm medo da volta do PT e estão indo para uma aventura, um modelo autoritário e intolerante".

"Agora é a hora de fazer uma grande conciliação nacional", afirmou o tucano.

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