Pelo menos 48 pessoas que foram presas pelos atos golpistas de 8 de janeiro irão concorrer nas eleições municipais deste ano, segundo levantamento da Folha de São Paulo. Entre os candidatos, há dois a prefeito, um a vice-prefeito e 45 postulantes às Câmaras de Vereadores em 44 cidades. Alguns desses candidatos ainda não foram julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e, portanto, não possuem restrições legais para disputar as eleições.
acordos com o STF
Dentre os candidatos, 14 adicionaram o adjetivo "patriota" aos seus nomes de urna, e um deles se registrou como "patriota preso". Essas candidaturas estão concentradas em partidos aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, como o PL, Mobiliza, Democracia Cristã, PP e Novo. A presença desses candidatos nas eleições é resultado do contexto jurídico em que muitos deles fizeram acordos com o STF para encerrar seus processos, enquanto outros aguardam julgamento.
discurso crítico às urnas eletrônicas
Noelza Soares, de Salvador, é um exemplo emblemático. Usando tornozeleira eletrônica devido às medidas cautelares que cumpre, ela concorre à Câmara Municipal pelo PL. Mesmo com restrições, Noelza mantém um discurso crítico às urnas eletrônicas e justifica sua candidatura como um desafio pessoal e espiritual. Casos como o de Noelza levantam discussões sobre o impacto de candidaturas de pessoas ainda envolvidas em processos judiciais.
O cenário é novo e deve gerar debates acirrados sobre a elegibilidade desses candidatos, especialmente se forem eleitos e posteriormente condenados. Em São Paulo, estado com maior número de candidatos presos do 8 de janeiro, a situação é igualmente tensa, refletindo o alcance das mobilizações bolsonaristas nas eleições municipais de 2024.
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