A Associação dos Professores da Universidade do Paraná (APUFPR) iniciou uma ação civil pública contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) após suas declarações controversas comparando professores a traficantes. A entidade busca indenização de R$ 20 mil para cada um dos mais de 3.100 membros, totalizando R$ 62 milhões, alegando que as palavras do parlamentar contribuem para estigmatizar e discriminar a classe docente.
O processo também demanda uma retratação pública por parte de Eduardo Bolsonaro, e destaca que suas declarações não apenas reforçam estereótipos prejudiciais, mas também alimentam o ódio, especialmente entre indivíduos propensos a resolver conflitos com violência armada. A APUFPR argumenta que ao incitar preconceito e hostilidade contra os professores, o deputado coloca em perigo a segurança física de toda a categoria.
Além da responsabilização do parlamentar, a associação busca envolver o Estado brasileiro no processo, considerando sua responsabilidade solidária diante das ações de um agente público que deveria respeitar os princípios constitucionais do país.
Relembre o caso
No dia 9 de agosto, o deputado marcou presença em uma manifestação pró-armas ocorrida em Brasília. Durante o evento organizado pelo grupo "Pró-armas" na Esplanada dos Ministérios, próximo ao Congresso Nacional, o parlamentar fez uma comparação polêmica, equiparando "professores doutrinadores" a traficantes de drogas.
Subindo em um carro de som, Eduardo disparou: "Temos que nos preocupar com a figura do professor doutrinador, aquele que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até mesmo o professor doutrinador seja pior". Um dos coordenadores do evento foi o deputado Marcos Pollon (PL-MS), que enalteceu a presença de Eduardo, chamando-o de "01" na defesa da flexibilização das armas. Os manifestantes vestiam camisetas brancas com a frase "não é sobre armas, é sobre liberdade".
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