O Partido dos Trabalhadores (PT) elegeu neste domingo (6) Edinho Silva como novo presidente nacional da legenda. Ele comandará o partido pelos próximos quatro anos e tomará posse em agosto, durante o Encontro Nacional do PT.
Edinho Silva é ex-ministro da Comunicação Social do governo Dilma Rousseff, ex-tesoureiro de campanha e ex-prefeito de Araraquara (SP). Sua candidatura contou com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da corrente majoritária do partido, a Construindo um Novo Brasil (CNB).
Ele assumirá no lugar do senador Humberto Costa (PE), que ocupava o cargo de forma interina, e da deputada Gleisi Hoffmann (PR), que esteve à frente do PT por oito anos.
Com a responsabilidade de conduzir a sigla rumo às eleições de 2026, consideradas internamente como um dos maiores desafios da história recente do partido, Edinho defende uma estratégia de ampliação das alianças políticas e de fortalecimento da atuação nos estados. Segundo ele, a principal meta será garantir a reeleição do presidente Lula.
“A construção de alianças deve ser trabalhada estado por estado, considerando a realidade política de cada território. Precisamos ampliar e fortalecer o diálogo com os aliados históricos e com as forças políticas que ajudaram a eleger o presidente Lula em 2022”, afirmou.
A eleição de Edinho foi anunciada nesta segunda-feira (7), em nota oficial divulgada pelo PT, sem necessidade de segundo turno. No domingo, milhares de filiados foram às urnas para escolher as novas direções estaduais e nacional do partido. Em Minas Gerais, no entanto, a votação foi adiada por decisão da direção nacional, sem nova data definida.
Como o processo foi realizado com cédulas de papel, a apuração segue sendo feita manualmente, e os dados finais devem ser divulgados nos próximos dias. A expectativa é que a chapa de sustentação de Edinho também saia vitoriosa, garantindo hegemonia da CNB na direção nacional.
A candidatura de Edinho Silva enfrentou resistências iniciais dentro da própria CNB, mas ganhou força com o apoio direto do presidente Lula e a desistência do prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá. Desde então, o nome de Edinho foi consolidado como consenso.
Reconhecido por seu perfil moderado, Edinho tem defendido uma "modernização" do PT e o resgate do trabalho de base. Para ele, o partido precisa reconstruir sua relação com as comunidades e periferias, onde perdeu presença nos últimos anos.