O coordenador-geral do programa de governo do ex-prefeito paulistano João Doria (PSDB), o economista Roberto Giannetti da Fonseca pediu afastamento após ter sido alvo de uma nova etapa da Operação Zelotes.
Nesta quinta-feira (26), Giannetti foi um dos alvos da investigação do MPF (Ministério Público Federal), da Receita Federal e da PF (Polícia Federal) que apura irregularidades junto ao Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). A estimativa é de que elas tenham causado prejuízos totais de cerca de R$ 900 milhões.
De acordo com as investigações, a Kaduna, empresa de Gianetti, teria recebido R$ 8 milhões por meio de um suposto contrato de fachada com a siderúrgica Paranapanema, para o qual não haveria comprovação de serviços realizados pela consultoria.
Giannetti e sua empresa, a Kaduna Consultoria, divulgaram nota afirmando que são "totalmente infundadas as suspeitas levantadas" contra eles na décima etapa da Operação Zelotes. Eles dizem que "estão abertos "estão abertos a prestar qualquer informação e colaborar integralmente com a Justiça Federal para elucidação de qualquer fato"
"Ele [Giannetti] reafirma que aqueles que o conhece sabem que ele sempre se pautou pelos princípios éticos e legais no relacionamento com seus clientes e com as autoridades públicas", diz o comunicado do economista e da consultoria.
Além da campanha de Doria, Giannetti também é ligado ao pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Giannetti é autor do texto de um manifesto que servirá como base programática da aliança tucana com o centrão.
Em nota, o tucano se manifestou a respeito do economista e da operação. "Em relação ao Roberto Giannetti da Fonseca eu não tenho informação, mas ele não faz parte da nossa equipe --sempre participou e participa das campanhas do campanhas do PSDB", disse Alckmin.