Diretor da Abin é intimado pela PF em investigação sobre espionagem ilegal

A oitiva está prevista para ocorrer na próxima quinta-feira, dia 17, conforme apuração de bastidores.

Luiz Fernando Corrêa é o diretor-geral da Abin. | Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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A Polícia Federal intimou Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), para prestar depoimento no âmbito da investigação que apura o uso da estrutura da agência em ações de vigilância clandestina. A oitiva está prevista para ocorrer na próxima quinta-feira, dia 17, conforme apuração de bastidores.

Fontes ligadas à investigação revelam que os agentes federais estão interessados em esclarecer duas frentes principais. A primeira busca entender se houve tentativa de interferência ou bloqueio, por parte da atual administração da Abin, no andamento da apuração sobre o uso político da agência durante o governo Jair Bolsonaro (PL). O segundo ponto mira uma suposta atuação de espionagem direcionada a autoridades paraguaias — e se a atual chefia tinha ciência ou chegou a autorizar esse tipo de ação.

🔍 Alvos e suspeitas

O inquérito que envolve Corrêa nasceu de revelações sobre o uso indevido de recursos da Abin para monitorar jornalistas, magistrados do Supremo Tribunal Federal e opositores do ex-presidente Bolsonaro. Agora, os investigadores querem saber se a nova gestão colaborou com os esclarecimentos ou se teria, em algum momento, dificultado o avanço das investigações.

Além disso, os policiais buscam detalhes sobre uma possível operação sigilosa realizada fora do território nacional, envolvendo figuras públicas do Paraguai. Há suspeita de que o Brasil tenha atuado em solo estrangeiro sem autorização legal, o que agravaria o cenário para a cúpula atual da agência.

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