A presidente Dilma Rousseff telefonou nesta sexta-feira (4) para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar solidariedade ao petista após ele ter sido levado pela Polícia Federal para prestar depoimento em São Paulo.
Na manhã desta sexta, a Polícia Federal deflagrou nova etapa da Operação Lava Jato, cujo foco era o ex-presidente.
Além de levar Lula para depor, em um posto da PF no aeroporto de Congonhas, os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em São Bernardo do Campo (SP), na sede do Instituto Lula, na capital paulista, e no sítio que era usado por ele em Atibaia (SP).
Dilma ligou para Lula quando o ex-presidente chegou à sede do Diretório Nacional do PT, após prestar depoimento. O ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, homem de confiança dos dois, acompanhou a ligação, que foi feita do Palácio do Planalto.
A presidente considerou um “exagero” a condução coercitiva de Lula para depor à Polícia Federal.
Em reunião com a Frente Nacional de Prefeitos, a presidente abriu seu discurso com uma espécie de desabafo e lamentou o episódio envolvendo o seu padrinho político.
Segundo relatos de presentes, ela avaliou que a situação está saindo da normalidade e do que prega o estado democrático de direito.Ela ponderou a necessidade de se respeitar as instituições judiciais do país, mas ressaltou que o petista nunca havia se negado a prestar esclarecimentos sobre as suspeitas contra ele.