Às vésperas do início da Copa do Mundo, a presidente Dilma Rousseff se reunirá na segunda-feira (2), no Palácio do Planalto, com o presidente da Fifa, Joseph Blatter. Ela receberá do presidente da entidade máxima do futebol a taça do torneio, cuja abertura está programada para 12 de junho, com o jogo entre Brasil e Croácia, em São Paulo.
A viagem do troféu pelos países começou em setembro do ano passado e chegou ao Brasil em abril. Feita de ouro maciço e pedras semipreciosas, a taça tem 36,8 centímetros de altura e pesa cerca de seis quilos. Somente campeões mundiais e chefes de Estado podem tocá-la. No Brasil, ela passou por cidades-sede, como Brasília, Recife e São Paulo.
De acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência, o encontro está previsto para ocorrer por volta das 15h no Planalto. Não há informação sobre se a visita de Blatter foi a pedido do dirigente ou a convite da presidente. Durante a cerimônia, a taça ficará exposta no Salão Nobre do palácio.
Na semana passada, em entrevista ao jornal suíço "Le Temps", Blatter, que durante a preparação do torneio dirigiu várias críticas ao país, principalmente em relação à organização, afirmou não se preocupar "nem um pouco" com atrasos em obras para o evento, e que "tudo já está pronto".
A Copa do Mundo começa no dia 12 com o jogo de abertura entre Brasil e Croácia, em São Paulo. No total, serão 64 jogos. A final está marcada para 13 de julho, no Maracanã. A seleção da Austrália foi a primeira a desembarcar no país.
Críticas e elogios
No último ano, o dirigente da Fifa criticou a preparação do evento. Blatter chegou a afirmar em entrevista que, desde que assumiu a Fifa, em 1998, o Brasil era o país mais atrasado para organizar uma Copa.
À imprensa suíça, ele disse ainda que o Brasil havia acumulado atrasos nas obras para a Copa do Mundo porque começou ?tarde demais? a se preparar para o Mundial.
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, também dirigiu críticas à preparação da Copa. Valcke apontou dificuldades em relação ao fato de o Brasil ter três esferas de poder (municipal, estadual e federal) e ter passado por eleições.
Em 23 de janeiro, Dilma e Blatter se reuniram na Suíça, e o encontro rendeu elogios ao Brasil. Blatter afirmou que confiava na organização brasileira e que, no final, tudo estaria bem, "sobretudo no Brasil".