Dilma se reúne com integrantes do Movimento Passe Livre no Planalto do Distrito Federal

A reunião é a primeira ação oficial da presidente após seu pronunciamento, na última sexta-feira

Dilma e ministros participam de reunião | Folhapress
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A presidente Dilma Rousseff está reunida neste momento com integrantes do MPL (Movimento Passe Livre), no seu primeiro compromisso oficial com o intuito de ouvir líderes das manifestações das últimas semanas.

Também participam da reunião os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Aguinaldo Ribeiro (Cidades), além de técnicos das pastas.

A reunião é a primeira ação oficial da presidente após seu pronunciamento, na última sexta-feira. No fim da tarde, ela deverá encontrar ainda prefeitos e governadores para estudarem medidas a serem anunciadas de imediato.

Segundo apuramos, a ordem da presidente à sua equipe é fechar medidas concretas já na reunião de hoje e nos próximos dias. A avaliação do Planalto é que, se os agentes públicos ficarem só no discurso, as manifestações vão continuar país afora.

Para a reunião com o MPL, Matheus Preis, Marcelo Hotimsky, Mayara Longo, Rafael Siqueira, todos representantes do movimento, vieram ao Palácio do Planalto a convite da Presidência.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (24) pela manhã, eles dizem querem defender junto à presidente propostas como tarifa zero para o transporte público, a inclusão na Constituição do transporte público como direito social e a munipalização da Cide (tributo federal incidente sobre combustíveis).

Eles também pretendem questionar o veto de Dilma em inciso da lei que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana. Segundo eles, o item responsabilizava a União por dar apoio financeiro aos municípios que adotassem políticas de priorização do transporte público.

Em nota divulgada pela manhã, os organizadores dos protestos que pediam a redução da tarifa do transporte público em São Paulo disseram que ficaram surpresos ao serem convidados pelo governo federal para o encontro com a presidente. Na carta, eles afirmam ainda que essa reunião com a presidente foi "arrancada pela força das ruas, que avançou sobre bombas, balas e prisões".

O grupo diz ainda que continuará nas ruas para conseguir transporte gratuito para todos. "Mais do que sentar à mesa e conversar, o que importa é atender às demandas claras que já estão colocadas pelos movimentos sociais de todo o país. Contra todos os aumentos do transporte público, contra a tarifa, continuaremos nas ruas! Tarifa zero já!".

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