Em viagem oficial à Suécia, a presidente Dilma Rousseff visitou nesta segunda-feira (19) a sede da Saab, empresa fabricante dos caças Gripen, comprados pelo Brasil. Durante a visita, Dilma entrou em uma das aeronaves e recebeu explicações sobre o modelo.
Em 2013, depois de 15 anos de negociações, o governo brasileiro anunciou a compra de 36 caças, que farão parte da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e, a última, em 2024. A venda dos aviões militares Gripen de nova geração foi acordada com a Saab por US$ 5,4 bilhões.
Segundo o Ministério da Defesa, o governo brasileiro recebeu nesta semana representantes do governo sueco e ficou acordado que o Brasil pagará uma taxa de juros de 2,19% ao ano no contrato. No início das negociações, segundo a pasta, a taxa era de 2,54%, o que implicaria custos maiores ao governo brasileiro.
"Eles [os caças] o que a gente chama de transferência de tecnologia. Nada mais é do que capacidade que nós temos de ter pessoas que vão absorver os conhecimentos aqui e serão capazes inclusive de criar outros conhecimentos. Então, a importância deles para o Brasil é imensa. Eles são o futuro", afirmou Dilma durante a visita.
"Só comprar um avião não era o que nos interessava. Nos interessava comprar um avião e que a tecnologia fosse transferida", complementou.
Nesta segunda, antes de visitar a sede da Saab, que fica na cidade de Linköping, Dilma deu uma declaração à imprensa ao lado do primeiro-ministro sueco Stefan Löven, em Estocolmo. Na entrevista, a presidente afirmou que não acredita em processo de ruptura institucional no Brasil.
A frase foi dita por Dilma após a presidente ser questionada, por uma jornalista sueca, sobre o risco de um eventual impeachment e se a crise política poderia afetar a compra pelo Brasil dos caças Grippen, da sueca Saab.