Dilma Rousseff tem suspeita de AVC e é internada às pressas em Porto Alegre

Ex-presidente faz exames após mal-estar na noite da segunda-feira

Dilma | reprodução
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A ex-presidente Dilma Rousseff, de 73 anosestá internada no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Ela passa por exames médicos após um mal-estar na noite da segunda-feira (24), de acordo com sua assessoria de imprensa. 

Dilma está acompanhada pelo médico Paulo Caramori e deve ter alta ainda na manhã desta terça-feira, dia 25 de maio. A assessoria de imprensa da ex-presidente Dilma Rousseff diz que ela teve uma suspeita de AVC e realiza exames no hospital.

Dilma Rousseff é internada após passar mal - Foto: André Coelho/Agência O Globo

No início deste mês, o principal jornal alemão, Deutsche Welle, publicou reportagem mostrando o que mudou no Brasil desde que a presidenta Dilma Rousseff sofreu impeachment e foi afastada do cargo, há 5 anos. E os números comprovam que o cenário só piorou levando em conta a situação que o país se encontra atualmente. Em 12 de maio de 2016, o Senado Federal afastava a então presidente Dilma Rousseff do cargo para dar continuidade ao seu processo de impeachment, concluído pouco mais de três meses depois.

A petista caiu por liberar créditos suplementares sem o aval do Congresso e atrasar o repasse de verbas a bancos que executam políticas públicas, com o objetivo de melhorar artificialmente as contas do governo, as chamadas pedaladas fiscais. O impeachment, porém, teve como pano de fundo outros motivos: recessão econômica intensa, enorme escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras, protestos de rua embalados pela Operação Lava Jato e falta de apoio político no Congresso.

Dilma recebeu a notificação da decisão do Senado pela manhã, fez um último discurso com ministros e aliados dentro Palácio do Planalto, recebeu flores e mensagens de apoiadores e seguiu para a residência oficial. Apesar da insistência da petista em dizer que reverteria a decisão, havia entre seus correligionários um ar de derrota e melancolia.

Algumas horas depois, sem cruzar com Dilma, Michel Temer entrou no palácio e assumiu o cargo de presidente. No mesmo salão, agora repleto de políticos que não frequentavam o local desde o governo Fernando Henrique Cardoso, como líderes do DEM e do PSDB, e de outros que haviam mudado de lado, Temer deu posse ao seu novo ministério em clima de triunfo e excitação.

Nesses cinco anos, que abrangem a eleição de um presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro, e a eclosão de uma pandemia mundial, o Brasil ainda não retomou o nível econômico que tinha no início da década passada, viu a pobreza e a desigualdade aumentarem e seus fundamentos democráticos se erodirem.

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