A presidente Dilma Rousseff vai reforçar as campanhas para o segundo turno dos petistas Fernando Haddad, em São Paulo, e Nelson Pelegrino, em Salvador (BA), além de subir no palanque de Vanessa Grazziotin, candidata do PC do B à Prefeitura de Manaus (AM). A princípio programado para sexta-feira, o comício de Haddad foi transferido para sábado, a pedido do PT paulistano, segundo informou o Palácio do Planalto. A mudança ocorreu para evitar o esvaziamento, já que o comício coincidiria com o último capítulo da novela Avenida Brasil, da TV Globo.
Em compensação, os eleitores de Salvador que quiserem ver Dilma dando apoio a Pelegrino vão perder o final da novela ou esperar para assistir à reprise do folhetim no sábado, pois a visita da presidente à capital baiana teve de ser antecipada para o dia 19. Pelegrino disputa o segundo turno com Antonio Carlos Magalhães Neto, do DEM.
Já o comício de Manaus, no qual Dilma tentará ajudar a senadora Vanessa Grazziotin na briga com o candidato do PSDB, Arthur Virgílio, foi marcado para a próxima segunda-feira. Apesar dos apelos, a presidente não irá a Fortaleza (CE), onde há confronto direto entre o PT e o PSB do governador do Ceará, Cid Gomes.
Dilma gravou, no fim de semana, mensagens de apoio a candidatos do PT e aliados, que serão exibidas na propaganda eleitoral. Os ministros Alexandre Padilha (Saúde), José Eduardo Cardozo (Justiça) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) também fizeram gravações nos últimos dias.
Ajustes na equipe ? Além de ter batido o martelo sobre sua participação nos comícios em São Paulo ? onde esteve no primeiro turno para pedir votos em Haddad ?, Salvador e Manaus, Dilma reuniu nesta segunda-feira seis ministros do PT no Palácio da Alvorada. De acordo com informação de um dos participantes, a presidente avisou a eles que poderá necessitar de alguns ajustes na equipe, logo após a eleição, para acomodar representantes de partidos que passaram a fazer parte da aliança de candidatos petistas no segundo turno.
As principais apostas são de que Dilma abrirá uma vaga no ministério para o deputado Gabriel Chalita, candidato derrotado do PMDB que fechou apoio a Haddad. Chalita poderia entrar na vaga de Aloizio Mercadante no Ministério da Educação. Nesse cenário, Mercadante seria removido para outra pasta.