Dilma Rousseff anuncia R$ 8 bi para obras do PAC em São Paulo

Anúncio do “PAC São Paulo” foi feito em cerimônia com Haddad.

Prefeito Fernando Haddad (PT) e Dilma | Divulgação
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A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (31) R$ 8 bilhões para obras nos setores de transporte público, habitação e contra enchentes em São Paulo.

A maior parte da verba, R$ 3,148 bilhões, vai para corredores de ônibus, R$ 2,2 bilhões para recuperação de mananciais, R$ 1,4 bilhão para drenagem e R$ 1,354 bilhão para o programa Minha Casa, Minha Vida. O anúncio do PAC São Paulo foi feito em cerimônia na capital paulista com o prefeito, Fernando Haddad (PT), e o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

"Faremos 99 km de corredores de ônibus na cidade. Hoje, São Paulo tem em torno de 126 km. Portanto, os 99 km são muito significativos. Acredito que esses corredores vão permitir uma intervenção em zonas essenciais", disse a presidente. A melhoria na mobilidade urbana era um dos principais pedidos feitos por manifestantes nos protestos de junho.

Para a presidente, obras de mobilidade urbana só serão efetivas se houver obras de drenagem.

"Se nós não temos obras efetivas de drenagem sabemos que a cidade não estará preparada para enfrentar problemas climáticos que interrompem o tráfico e, sobretudo, [as obras] podem evitar perdas de vidas humanas", disse Dilma.

A presidente também voltou a dizer que propôs reunião com setores ligados à mobilidade urbana para discutir planilha de cálculo das tarifas que foi feita há cerca de 20 anos.

Dilma considerou São Paulo como uma "megacidade desafiadora". "São Paulo é sem dúvida nenhuma uma das megacidades, talvez a mais desafiadora desta parte do hemisfério", disse Dilma.

Segundo o prefeito Fernando Haddad, esse é talvez o maior pacote de investimentos do governo federal em São Paulo.

"Gostaria de ressaltar o dia histórico que estamos vivendo hoje na cidade de São Paulo. Esse é talvez o maior pacote de investimentos do governo federal na cidade de São Paulo. Eu não tenho lembrança de um presidente da República vir a São Paulo anunciar um pacote de investimentos tão amplo e que dialoga com parte da infraestrutura da cidade de São Paulo", afirmou.

Ao lado do secretário estadual de Planejamento, Julio Semeghini (PSDB), Haddad ressaltou esforço que sua gestão vem fazendo para estabelecer alianças também com o governo estadual.

"Nós somos grandes demais para nos isolar. Esse foi o principal equívoco do passado. Porque aquele que é grande não pode se isolar", afirmou.

Para Haddad, se o Brasil quiser retomar taxas de crescimento de 3,5% a 4% terá de contar com o desempenho da economia paulistana. "São Paulo tem que dar sua contribuição e receber sua cota de participação nos investimentos estaduais e federais", disse.

Haddad destacou que o investimento não é fruto apenas de sua relação com a presidente Dilma e com o PT.

"Não é algo que diga respeito a duas pessoas que trabalharam juntas no governo como ministros, uma das quais se tornou presidente da República e que pertencem ao mesmo partido. O que está sendo anunciado aqui é que vamos buscar incansavelmente esse alinhamento para recolocar São Paulo no mapa do investimento no Brasil."

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