A presidente Dilma Rousseff afirmou para seus assessores que vai se defender e defender seu governo das acusações que estão sendo feitas, "com unhas e dentes". Dilma, que está demonstrando tranquilidade apesar do tenso momento político que vive o País, rechaça a tese de impeachment que a oposição está destacando. Para a presidente, as pessoas que estão fazendo delação premiada, "vão ter de provar o que estão falando". E ela, por sua vez, vai defender "ponto por ponto" do que está sendo acusada. Para a presidente, o resultado das urnas têm de ser respeitados e é por isso que ela vai defender "com todas as suas forças" o seu mandato e o seu governo.
Dilma e seu governo estão preparando uma "defesa consistente" para ser apresentada no Tribunal de Contas da União (TCU), explicando que as chamadas "pedaladas fiscais" ressaltará que foram feitas em outros governos também. Este, inclusive, é o tema do encontro que Dilma pediu com o Conselho Político, no Palácio da Alvorada, na noite desta segunda-feira. O objetivo da presidente Dilma é apresentar aos líderes dos partidos políticos da base aliada e seus presidentes, a sua defesa, antecipando o que vai ser levado ao TCU. A presidente quer que estas lideranças saiam em defesa dela e de seu governo e vai aproveitar para pedir, de novo, unidade da base aliada.
A presidente acredita que há um esforço da oposição em incriminá-la e demonstrou franca disposição de enfrentar este momento, "com toda tranquilidade", "mas com a firmeza necessária", segundo informou um ministro ao Estado. No governo, a avaliação é de que "está sendo construído um clima pró impeachment" por parte da oposição e que isso "tem cara de terceiro turno". Mas a presidente, que sempre lembra que já passou por tortura em sua vida, tenta demonstrar a todos que, esta "é só mais uma disputa política" que terá de enfrentar.
Na reunião de coordenação política, a presidente Dilma não deixou que este tema fosse o principal do encontro. Tratou primeiro da agenda de votações da semana. Dilma disse que está preocupada com as "pautas bomba" e voltou a pedir unidade de todos para reverter estas agendas no Congresso.