A pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, defendeu nesta quarta-feira (21) que somente os aposentados com rendimentos de até três salários mínimos tenham um aumento maior do que o já concedido pelo governo. A alternativa foi lançada pelo líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), para tentar um acordo dentro da base aliada. Dilma Rousseff fez a declaração em entrevista no programa de José Luiz Datena na TV Bandeirantes. A proposta original do governo, que está em uma Medida Provisória e já foi repassado aos aposentados em janeiro, é de 6,14%. O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou que o limite para subir o reajuste é para 7%. Líderes da base aliada na Câmara e no Senado, no entanto, querem elevar o reajuste para 7,71%. Partidos da oposição como o DEM, porém, querem dar um aumento igual ao concedido ao salário mínimo, de quase 10%. A proposta que está na mesa agora é de dar um aumento maior para quem ganha ate três salários e para o restante você dá 6,14%. Tudo indica que é uma proposta compatível com o Tesouro" Dilma Rousseff A idéia defendida por Vaccarezza, e agora por Dilma, é dar um reajuste maior apenas para quem ganha até três salários mínimos, o que equivale a R$ 1.530,00. A proposta é que as pessoas com rendimentos entre um e três mínimos tenham o aumento de 7,71%. Quem está acima deste patamar ficaria com o aumento já concedido, de 6,14%. A pré-candidata do PT destacou que cerca de 70% dos aposentados recebem um salário mínimo e, portanto, receberam um aumento maior, de quase 10 %. “A proposta que está na mesa agora é de dar um aumento maior para quem ganha ate três salários e para o restante você dá 6,14%. Tudo indica que é uma proposta compatível com o Tesouro”. Progressão de penas Na entrevista, Dilma criticou o sistema de progressão de penas para presos no Brasil. Ela afirmou que o benefício não pode ser concedido de forma indiscriminada e não deveria ser permitido a quem cometeu crime hediondo. É preciso ter um critério rígido para as pessoas e em caso de crime hediondo eu não concordo que se solte" Dilma Rousseff “Em toda a legislação carcerária e penitenciária você tem uma progressão da pena, mas não se pode fazer isso de forma indiscriminada. Se fizer dessa forma vai estar colocando em risco a população. É preciso ter um critério rígido para as pessoas e em caso de crime hediondo eu não concordo que se solte”, afirmou a pré-candidata do PT. Ela afirmou também que a violência contra a mulher precisa de um combate sistemático e comentou o tempo que ficou presa durante a ditadura militar. Dilma disse ter sido torturada na ocasião, mas afirmou não sentir mágoa. A pré-candidata afirmou ainda que o governo Lula aumentou o combate à corrupção e disse que os escândalos apareceram mais porque a Polícia Federal aumento seu trabalho. A ministra Dilma disse também que recebe com "tranquilidade" críticas vindas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Recebo como um ataque vindo da oposição. Essa é a visão que ele tem de nós. Não me tira do sério." Ela afirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, seria "um bom vice", mas que a decisão deve partir do PMDB. "Ele tem todas as condições, é um homem experiente, é o presidente da Câmara, uma liderança no PMDB. Tem que saber se ele será indicado. Não dá para eu indicar ele." Sobre uma possível aliança com o deputado Ciro Gomes (PSB), que quer ser candidato, mas aguarda definição do partido, Dilma disse que não pode “fazer restrição” à candidatura. "Para mim, Ciro é competente, correto, é brasileiro de alta capacidade de formulação política. E é um homem leal e, além de tudo isso, é meu amigo. Vivi ao lado dele quando era ministro do presidente Lula na fase mais difícil da gente, em 2005, 2006. (...) Ele tem toda legitimidade para pleitear candidatura à Presidência. Eu não posso fazer nenhuma restrição. (...) Só espero que nos encontremos lá na frente."
Dilma quer reajuste maior para aposentado
Dilma defende reajuste maior para aposentado que ganha até 3 mínimos
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