“Dilma necessita pedir desculpas ao Brasil”, diz presidente da OAB

Foram às ruas protestar contra o governo em pelo menos 16 estados.

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No mesmo dia em que milhares de pessoas foram às ruas protestar contra o governo em pelo menos 16 estados e no Distrito Federal, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, divulgou nota neste domingo (16) na qual cobrou da presidente Dilma Rousseff pedido de desculpas ao país.

Na nota, Coêlho diz que Dilma deve se desculpar porque apresentou na campanha eleitoral do ano passado "realidade econômica inexistente". Para o presidente nacional da OAB, a petista deveria revelar à sociedade o "engano", assumir equívocos e demonstrar "humildade".

"A presidente Dilma Rousseff necessita pedir desculpas ao Brasil. Ela apresentou na campanha eleitoral uma realidade econômica inexistente. É chegada a hora de revelar esse engano, assumir os equívocos e conclamar a união da sociedade brasileira para a superação da crise ética, política e econômica", diz a nota.

Em outro trecho, o presidente da entidade diz que o diálogo entre a presidente Dilma e a sociedade deve ser permanente e não somente em momentos de crise.

Desde a última semana, o governo passou a adotar estratégias para a retomada da popularidade da presidente e, entre essas ações, ela passou a se reunir com diversos movimentos sociais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

"Diálogo de verdade se faz com quem pensa diferente, e não apenas com os apoiadores. É preciso saber ouvir as críticas. Por exemplo, a população estava certa em 2013 quando disse que os bilhões dos estádios de futebol deveriam ter sido utilizados na construção de hospitais e escolas", avaliou o presidente da OAB na nota divulgada.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada neste domingo pela OAB:

A presidente Dilma Rousseff necessita pedir desculpas ao Brasil. Ela apresentou na campanha eleitoral uma realidade econômica inexistente. É chegada a hora de revelar esse engano, assumir os equívocos e conclamar a união da sociedade brasileira para a superação da crise ética, política e econômica.

Esse necessário gesto de sinceridade da presidente, que demonstrará humildade e amadurecimento político, apresenta-se como um fator importante na retomada da governabilidade do país e para a estabilidade institucional.

Além disso, o diálogo com a sociedade deve ser permanente e não apenas em momentos de crise. O Brasil é um país muito complexo e diversificado para um governo a quatro paredes. Dialogar significa não apenas fazer propaganda política, mas, efetivamente, ouvir as sugestões e decidir o melhor a partir da troca de ideias e experiências.

Diálogo de verdade se faz com quem pensa diferente, e não apenas com os apoiadores. É preciso saber ouvir as críticas. Por exemplo, a população estava certa em 2013 quando disse que os bilhões dos estádios de futebol deveriam ter sido utilizados na construção de hospitais e escolas.

Melhorar os gastos públicos é a primeira tarefa desta retomada de governo.

Havendo sinceridade, sem números maquiados, olho no olho, o povo brasileiro estará disposto a contribuir com a superação desta crise ética, econômica e política.

Marcus Vinicius Furtado Coêlho Presidente Nacional da OAB

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