A presidente da República, Dilma Rousseff, disse nesta sexta-feira (22) que não tem qualquer sentimento pelas pessoas que a torturaram durante o regime militar. A afirmação foi feita em entrevista coletiva, antes do encerramento da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
?Com o passar dos anos, o melhor foi não me fixar nas pessoas, nem ter por elas qualquer sentimento: nem ódio nem vingança, mas tampouco perdão. Não há sentimento que se justifique contra esse ato. Há a frieza da razão. E a razão é não esquecer, por isso criamos a Comissão da Verdade. Odiar é ficar dependente. Isso não é bom sentimento. É preciso virar a página desse país?, disse.
Segundo ela, o mais importante não é o torturador, mas a prática da tortura. ?Temos todos o compromisso de jamais deixar isso acontecer?, disse Dilma.