Dilma pede que Itamaraty intervenha por brasileira detida na Rússia; veja

Dilma determina que Itamaraty intervenha por brasileira detida na Rússia

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Em mensagem no Twitter nesta quinta-feira, Dilma afirma que solicitou "ao ministro (de Relações Exteriores Luiz Alberto) Figueiredo contato de alto nível com o governo russo para encontrar solução para Ana Paula" e pediu que o Itamaraty dê "toda a a assistência à brasileira".

A brasileira e outros 29 ativistas estão em um centro de detenção na cidade de Murmansk desde que seu barco foi interceptado pelas autoridades russas durante um protesto em uma plataforma petroleira no Ártico.

O Itamaraty informou à BBC Brasil que uma agente consular da embaixada brasileira esteve com Ana Paula na quarta-feira e está acompanhando o agendamento de uma audiência, possivelmente na semana que vem, em que será solicitado que Ana Paula aguarde em liberdade as investigações russas sobre o episódio.

Outros países também têm intercedido pelos ativistas (que são de 18 nacionalidades). A Holanda exigiu a libertação imediata dos prisioneiros e do navio Arctic Sunrise, que é de bandeira holandesa.

A Chancelaria do Reino Unido também discutiu o caso dos seis britânicos detidos com o embaixador russo no país.

"Drogas no navio"

Na quarta-feira, investigadores russos alegaram terem encontrado "drogas" - aparentemente, palha de papoula e morfina - no navio do Greenpeace.

Em comunicado, a ONG disse que a acusação é uma "calúnia e uma invenção".

"Só podemos deduzir que as autoridades russas estão se referindo aos suprimentos médicos que nossos navios são obrigados a levar, sob a lei marítima", disse a ONG.

"Há uma rígida norma contra (a posse) de drogas recreacionais em navios do Greenpeace, e deve ser vista com grande desconfiança qualquer acusação de que foram encontrados suprimentos que não sejam médicos", prossegue o comunicado.

Também na quarta-feira, a ONG informou que a mãe de Ana Paula, Rosângela Maciel, enviou uma carta para Dilma pedindo que a presidente peça a libertação de sua filha ao presidente russo, Vladimir Putin.

O pedido foi reiterado em artigo escrito por Kumi Naidoo, diretor-executivo do Greenpeace, em artigo ao jornal Folha de S. Paulo.

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