A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) utilizou as redes sociais nesta quinta-feira (03) para criticar a decisão tomada no plenário da Câmara, em que a maioria dos deputados votou pela rejeição da denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra o presidente Michel Temer (PMDB) pelo crime de corrupção passiva.
No Twitter, a petista lembrou que grande parte dos deputados que votaram ontem favoravelmente a Temer também optou pelo afastamento dela quando ainda era presidente. Na época, em abril do ano passado, a Câmara afastou provisoriamente Dilma de seu cargo, até que seu impeachment foi sacramentado em votação no Senado em agosto de 2016.
"Os deputados que, ontem, salvaram o presidente golpista de ser julgado no STF por crime de corrupção são os mesmos que, no ano passado, deram início ao impeachment fraudulento", afirmou Dilma. "São os mesmos que elegeram Eduardo Cunha para a presidência da Câmara. . E são os mesmos que, agora, salvam Temer".
A ex-presidente endossou ainda opinião do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que embora seja do partido de Temer, tem dito que o atual presidente segue orientações do ex-deputado Eduardo Cunha, preso desde o ano passado pela operação Lava Jato em Curitiba.
"Razão tem o Senador Renan em dizer que Eduardo Cunha governa desde a prisão de Curitiba", opinou ela.
Dilma Rousseff ainda elogiou a minoria dos deputados que votou pelo prosseguimento da denúncia contra Temer.
"Saúdo os deputados e deputadas que estiveram ao lado da legalidade e da justiça e não traíram a democracia e a nação brasileira", escreveu ela. "Resta-nos continuar lutando contra a pauta regressiva dos golpistas que serão julgados pela história e condenados pelo voto popular".