A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (27), em cerimônia no Palácio Guanabara, a construção de 6 mil casas populares para as vítimas das chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro. No mesmo evento, empresários da construção civil anunciaram a doação de outras 2 mil casas para famílias afetadas pelas enchentes, que já mataram mais de 800 pessoas.
As residências oferecidas por Dilma serão construídas com subsídio federal e terão as prestações de R$ 50 pagas pelo governo do Rio. A prestação é a mesma paga por famílias que ganham até três salários mínimos integrantes do programa Minha Casa, Minha Vida, informou a presidente. Além de pagar as prestações, o governo estadual ficará responsável pela doação do terreno e a construção da infraestrutura necessária, como saneamento básico.
"Para a Região Serrana, posto que os empresários estão colocando 2 mil casas, nós estamos colocando mais 6 mil casas para atender essa emergência fora do conjunto do Minha Casa, Minha Vida, que é muito mais do que isso. Nós acrescentamos 6 mil casas para que essa população que perdeu o seu lar, o seu lugar de morar, tenha acesso o mais rápido possível a um novo lar", disse a presidente.
Dilma afirmou ainda que o governo federal está "atento" para tomar as medidas necessárias para a recuperação das áreas afetadas pelas chuvas e o resgate de vítimas.
"O que nós pretendemos é diminuir a dor dessas famílias. Estamos atentos a tomar todas as providências necessárias para o resgate da população naquela localidade", afirmou. Além de colocar homens da Defesa Civil à disposição, o governo federal destinou R$ 100 milhões para oito municípios atingidos pelas chuvas no Rio de Janeiro. Também foram liberados neste mês até dez salários mínimos (R$ 5,4 mil) do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para as vítimas das enchentes e desabamentos.
PAC
Ainda na cerimônia no Rio de Janeiro, Dilma falou de economia. Ela afirmou que o governo "não negociará com inflação" e garantiu que o PAC não sofrerá cortes.
"Nós não negociaremos com inflação e vamos manter a economia crescendo sistematicamente. Só teremos um país rico quando conseguirmos reduzir as desigualdades regionais e sociais. Estamos lutando para isso", afirmou.
Segundo ela, o corte que o governo fará no Orçamento de 2011 não irá afetar PAC. "Não vamos contingenciar o PAC. É óbvio que hoje temos um volume de obras que não tivemos antes e com ajuda das empresas estamos identificando alguns gargalos, mas está sendo feito um esforço conjunto para reduzir os prazos [das entregas das obras] sem comprometer a qualidade."