O general Tomás Paiva, comandante do Exército, optou por permanecer em silêncio diante dos ataques proferidos pelo pastor Silas Malafaia durante um evento em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro no último domingo, dia 21, no Rio de Janeiro.
REAÇÃO - Embora tenha minimizado as declarações do pastor em conversas particulares, chegando até mesmo a tratá-las com humor, o general Paiva destacou sua preocupação com o extremismo gerado pela interseção entre fanatismo religioso e polarização política, tanto no Brasil quanto em outras nações ao redor do mundo. O entorno do comandante ironizou os ataques de Malafaia. "É digno de se colocar no currículo", afirmou.
RENÚNCIA - Durante o evento, organizado por Malafaia, o pastor fez pregações e exigiu a renúncia dos três comandantes das Forças Armadas. Essa declaração foi acompanhada de uma reação negativa da multidão presente.
CARREIRA - Além disso, Malafaia criticou as medidas tomadas contra Mauro Cid, ex-aide de Jair Bolsonaro, que teve sua promoção a coronel bloqueada pelo Exército. O pastor caracterizou a carreira do oficial como "detonada por esse ditador".
POSTURA - No dia 17, durante um depoimento à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, o general Paiva não hesitou em aumentar o tom diante das críticas de parlamentares da oposição, que questionavam as medidas judiciais adotadas em resposta aos eventos de 8 de janeiro e às investigações sobre uma suposta tentativa de golpe no país, ações que foram endossadas pelas Forças Armadas. Ele expressou sua vergonha em relação à busca por popularidade em detrimento do cumprimento da lei.