O governador Wellington Dias, personagem cativo das rodas políticas que especulam o rumo das eleições de outubro, precisou reafirmar ontem a manutenção dos critérios definidos no ano passado entre os quatro pré-candidatos da base aliada, o secretário estadual de Educação Antônio José Medeiros (PT), o senador João Vicente Claudino (PTB), o vice-governador Wilson Martins (PSB) e o deputado federal Marcelo Castro (PMDB).
Durante o sorteio de casas do residencial Jacinta Andrade, a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Estado, Dias enfatizou que a decisão para a escolha do nome que encabeçará o bloco governista, composto atualmente de 12 partidos, não sofrerá nenhuma intervenção nacional. O chefe do Executivo estadual fez alusão às últimas declarações de Antônio José, que sugeriu uma intervenção do presidente Lula no diretório estadual do PT caso o candidato apoiado pelo governador não seja do partido.
?Tanto o presidente Lula vai aceitar a vontade do povo, como o PT também. A decisão vai ser tomada aqui, não apenas por mim ou pelo partido, mas pelo conjunto de forças e lideranças partidárias que representamos?, frisou. Wellington destacou ainda que tratou do assunto com Medeiros e minimizou o impacto das afirmações do companheiro de sigla. ?Ele me falou da sua compreensão dos critérios, como democrata que é?, disse.
PLANO PULRIANUAL- A vinda do presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, ao Piauí, na próxima segunda-feira, 08, também foi destacada pelo governador Wellington Dias. Enquanto Coutinho fará uma explanação sobre o que está programado para o Brasil nesta década, Dias irá fazer um balanço das mudanças no Estado desde 2003, quando assumiu o Palácio do Karnak, até 2010, seu último ano no Governo.
?Iremos fazer uma projeção do que precisa ser feito até 2022 para tornar o Piauí um Estado mais desenvolvido, além de apresentar o Plano Plurianual de metas entre 2011 e 2014, independente de quem seja o eleito este ano?, explica o governador. E acrescenta: ?Passamos a tratar esse planejamento como projeto de Estado e não de Governo?. (S.B.)