Em entrevista concedida à Folha de São Paulo na segunda-feira, 14 de janeiro, o governador piauiense Wellington Dias (PT) analisou os primeiros dias da gestão Jair Bolsonaro (PSL). Em meio a polêmicas, reviravoltas e mudanças de posicionamento, o líder do Poder Executivo Estadual sinalizou que o pesselista foi eleito sem um plano de Governo, que de acordo com ele, espera ser apresentado nos próximos 100 dias. "Ainda não estão claras, pelo menos naquilo que é o principal. Quais as medidas para retomar o crescimento da economia? Nesse ponto, acho que está correto Ciro Gomes. Tivemos uma campanha em que não tinha um programa de governo por parte de Bolsonaro. Certamente, deve apresentar nos próximos 100 dias. Basta olhar. Foi eleito sem um programa de governo", disse à publicação.
Além disso, o governador do Piauí destacou que não boicotou a posse de Bolsonaro, demonstrando a disposição em manter um diálogo sadio com o presidente, apesar das claras divergências entre os partidos ao qual pertencem. Durante a campanha, Dias foi um dos principais aliados do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que foi derrotado no segundo turno. " Quem votou em mim sabe que sou parte de um campo político que é opositor ao presidente. A eleição terminou. Ele é o presidente empossado e eu sou o governador. Defendo que somos partes de uma federação e temos que estar integrados. De um lado, ele tem projetos para os 3,2 milhões de brasileiros que vivem no Piauí. E eu quero contribuir e me somando a esses projetos que venham a beneficiar a população do meu estado", afirmou ao Jornal.
Dias ainda defendeu a Reforma da Previdência, descartando porém o modelo de capitalização.