Nos últimos dez anos, os desastres naturais impactaram fortemente os municípios do Piauí, seja pela estiagem ou pelas enchentes, o impacto na dinâmica social ultrapassa a barreira de meio bilhão de reais, sem contar os prejuízos que são imensuráveis, como as perdas humanas.
Nesse sentido, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou um novo levantamento que aponta que de 2013 a 2022 (parcial) foram 2.528 decretações de anormalidade pelas cidades do Piauí, um dos maiores índices do país. O maior número, até o momento, foi observado em 2020, quando 548 decretos foram emitidos pelos prefeitos.
Ademais, outro dado estarrecedor destaca que foram repassados pela União para enfrentamento dos desastres no Piauí o montante de R$ 544 milhões nos últimos dez anos, lembrando que ainda estamos no sexto mês de 2022 e os índices podem aumentar.
O estudo da CNM ainda aponta que de 2010 a 2021 foram autorizados no orçamento federal R$ 36,5 bilhões para ações de gestão de risco, prevenção, respostas a desastres e recuperação de áreas destruídas e ou danificadas. No entanto, nesse período, a União pagou somente R$ 15,3 bilhões, ou seja, menos da metade. "O valor para prevenção, porém, é mínimo. Para exemplificar, em 2020, apenas R$ 211 mil foram destinados pela União para ações de prevenção", frisou a Confederação.
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