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Deputados do PL liberam R$ 860 mil da Cultura para filme de Mário Frias

Os recursos foram pagos nos dias 7 e 11 de fevereiro e são provenientes do Ministério da Cultura.

Mario Frias | Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Mário Frias (PL-SP) e Marcos Pollon (PL-MS) alocaram um total de R$ 860.896 de recursos públicos para a produção de um documentário financiado por meio de emendas parlamentares. A verba foi direcionada à associação Passos da Liberdade, formada por ex-integrantes da Secretaria Especial de Cultura do governo Jair Bolsonaro (PL). 

De acordo com o Portal da Transparência, o repasse foi realizado em fevereiro deste ano, com Eduardo Bolsonaro destinando R$ 500 mil, Mário Frias R$ 180 mil, e Marcos Pollon R$ 100 mil. Os recursos foram pagos nos dias 7 e 11 de fevereiro e são provenientes do Ministério da Cultura.

A Passos da Liberdade foi fundada em 2008, mas seu canal no YouTube foi criado apenas no ano passado e possui um único vídeo publicado até o momento: um documentário sobre a Operação Acolhida, que conta com menos de 40 visualizações. 

O site oficial da associação foi registrado em dezembro de 2024, cerca de duas semanas antes do pagamento das emendas. O site da associação destaca suas "conexões globais" e menciona parcerias com organizações internacionais, embora não detalhe projetos específicos. 

Segundo o site, a associação está envolvida em iniciativas culturais e documentais que abordam "histórias de resiliência e transformação social", incluindo séries documentais e campanhas de impacto social.

A associação é presidida por Rodrigo Cassol Lima, ex-número 2 da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Cultural durante o governo Bolsonaro. 

O órgão estava subordinado à Secretaria Especial de Cultura, que era comandada por Mário Frias. O orçamento do documentário inclui despesas com passagens e hospedagens para outros países, como Armênia, Hungria, Itália, Rússia, Alemanha, Polônia e Brasil. De acordo com a sinopse enviada ao Ministério da Cultura, o filme irá "explorar e correlacionar os horrores dos genocídios históricos na Europa com fatos contemporâneos na América Latina".

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