Deputados criticam o silêncio de Jackson Lago

Líder do Bloco de Oposição, Ricardo Murad (PMDB), anunciou que pretende acionar a Justiça

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Os membros da bancada de oposi??o na Assembl?ia Legislativa criticaram ontem o sil?ncio do governo Jackson Lago, tanto em rela??o ao uso arbitr?rio da for?a policial, por membros do governo, para agredir o ex-senador Francisco Esc?rcio (PMDB), quanto ao esc?ndalo de desvio de dinheiro p?blico envolvendo um filho do chefe da Casa Civil, Aderson Lago.

Mesmo assim, os l?deres governistas na Assembl?ia continuam minimizando as duas situa?es e tentam, inclusive, ironizar o epis?dio contra Esc?rcio. O l?der do Bloco de Oposi??o, Ricardo Murad (PMDB), anunciou que pretende pedir ? Justi?a que exija explica?es e cobre responsabilidades dos membros do governo.

De acordo com Ricardo Murad, as agress?es sofridas por Chiquinho Esc?rcio ? que foi arrancado de um hotel por policiais armados, sob o comando do delegado Rodson Almeida, supostamente a pedido do jornalista Lourival Bog?a ? envolvem diretamente Aderson Lago, a secret?ria de Seguran?a, Eur?dice Vidigal, e o delegado-geral da Pol?cia Civil, Jefferson Portela. ?A pol?cia s? teria agido desta forma sob ordem de um membro do alto escal?o da Seguran?a ou do governo. As suspeitas recaem sobre esses tr?s?, afirmou o deputado. Advogados que acompanharam Esc?rcio no dia da pris?o garantem ter ouvido o delegado Rodson Almeida afirmar, em uma conversa telef?nica, ter recebido ordens de Jefferson Portela, e este resolveria ?qualquer coisa?.

O mesmo Aderson Lago aparece novamente envolvido no esc?ndalo de desvio de recursos p?blicos da Secretaria de Sa?de em conv?nio com a Prefeitura de Caxias, dos quais uma parte foi parar na conta da empresa de seu filho, Aderson Lago Neto. Mesmo assim, o governador Jackson Lago (PDT) nada disse at? agora sobre os dois epis?dios. E os envolvidos despacham normalmente, constrangendo o governo perante a opini?o p?blica.

?Um recurso carimbado para a compra de rem?dios vai parar na conta de uma distribuidora e, depois, ? depositado na conta da empresa do filho do chefe da Casa Civil, e o governo acha isso normal? At? quando o governador vai ficar nessa passividade, como se nada de grave tivesse acontecido??, questionou Ricardo Murad.

Deboche

O l?der do governo, Edivaldo Holanda (PTC), usou os mesmos argumentos de sempre e se disse ?solid?rio ao doutor Aderson Lago?. ?O que houve (no caso envolvendo Chiquinho Esc?rcio e Lourival Bog?a) foi um incidente comum entre dois cidad?os?, disse ele. A mesma linha foi seguida pelo l?der do Bloco Progressista, Marcelo Tavares (PSB). ?N?o h? nenhuma participa??o de Aderson Lago?, afirmou, usando, inclusive, um tom de deboche para referir-se ? situa??o de constrangimento a que o ex-senador fora submetido.

Para o deputado Max Barros, Edivaldo Holanda e Marcelo Tavares est?o equivocados. ?A desaven?a entre dois cidad?os ? natural. E todos t?m o direito de prestar queixa ao se sentirem ofendidos. Agora, o que ? grave ? a a??o da pol?cia da forma como foi feita, mobilizando v?rias viaturas das pol?cias Civil e Militar, sem mandado judicial. H? imagens que mostram, inclusive, policiais de arma em punho em pleno hall do hotel?, afirmou Max Barros. Para o parlamentar, ? a forma dessa opera??o que deveria ser investigada pelo sistema de Seguran?a do governo para dar uma resposta ? opini?o p?blica.

Ap?s o discurso de Max Barros, Marcelo Tavares recuou em sua ironia e admitiu a gravidade da situa??o, mesmo continuando eximindo o governo de responsabilidades. ?Foi um epis?dio lament?vel, por?m estritamente policial?, disse.

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