Deputado tem reação dura e pede boicote ao Carrefour no Brasil

Parlamentar associa medida do Carrefour a barreiras comerciais impostas pela União Europeia ao setor agropecuário sul-americano.

O deputado Pedro Lupion (PP-PR) disse que o grupo francês precisa "sentir no bolso" para aprender a respeitar os produtores brasileiros | FPA
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O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), fez um apelo aos produtores brasileiros de carne para que deixem de fornecer seus produtos às lojas do grupo Carrefour no Brasil. Segundo ele, se a carne produzida no país é adequada para o mercado interno, também deveria ser para o europeu.

A manifestação ocorreu após o Carrefour anunciar, na quarta-feira (20), que não comercializará mais carnes oriundas do Mercosul, incluindo do Brasil, na França. A decisão foi tomada em resposta à pressão de agricultores franceses, que veem a concorrência sul-americana como uma ameaça.

“Sugiro, e já conversei inclusive com as entidades de produtores de proteína de carne, que parem de entregar seus produtos para o Carrefour e para as demais marcas dessa empresa no Brasil, para que eles entendam o que é respeitar o produtor brasileiro”, declarou Lupion em um vídeo enviado à imprensa.

O parlamentar afirmou que o impacto econômico dessa possível suspensão deve levar a empresa a reavaliar sua postura. 

“O Carrefour (...) vai voltar atrás, porque vai sentir no bolso o prejuízo e a insatisfação dos consumidores e dos produtores brasileiros”, afirmou. Ele classificou a decisão do grupo francês como uma tentativa de agradar aos agricultores locais com medidas que chamou de “lacração”.

Lupion também criticou a postura da União Europeia em relação ao setor agropecuário sul-americano, associando a decisão do Carrefour à criação de barreiras comerciais

“Vimos uma onda de protestos na União Europeia justamente contra medidas mais restritivas à produção agropecuária e agora eles vêm criar regras para nós, produtores brasileiros, ou produtores do Mercosul, numa tentativa de desvirtuar o acordo União Europeia-Mercosul”, disse.

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